A geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN recuou 1,9% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 66.532 MW médios, informa o boletim mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. O levantamento também indica crescimento de 21,7% da fonte solar fotovoltaica e redução de 2,5% na produção das hidrelétricas e de 15,8% das centrais eólicas. Diante desse resultado, a geração termelétrica subiu cerca de 7,4%.
Quando contabilizado apenas o mês de março, a geração recuou 0,7% para 65.089 MW médios na comparação anual. Os destaques são a queda de 14,2% da geração de térmicas e de eólicas, e o aumento de 29% da fotovoltaica. Nesse contexto, a produção das hidrelétricas teve elevação de 2,1% em relação a março do ano assado.
Consumo – Já a demanda energética nos três primeiros meses do ano diminuiu 1,9%, indo de 67.740 MW médios em 2019 para 66.449 MW médios. O comportamento não reflete totalmente os efeitos das medidas de isolamento social para combater a pandemia do coronavírus, que tiveram início a partir do dia 21 de março, salienta a CCEE.
Em março, o consumo recuou 0,8% frente ao mesmo mês do ano anterior. O mercado regulado apresentou queda de 2,5%, para 44.912 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda crescer 3,4%, para 20.077 MW médios, comportamento explicado pela migração de consumidores.
Excluindo os efeitos das migrações, consumo em março seria 0,5% menor no mercado regulado e 1,4% no mercado livre. A redução no ACL, excluindo o efeito da migração das cargas novas, é atribuída ao recuo no consumo de 11 ramos de atividade e que correspondem a cerca de 56,4% do total demandado nesse ambiente de contração. Dentre as quedas, destacam-se os setores de transporte (-21%), serviços (-16%), veículos (-13%) e têxteis (-9%).