A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou em maio a operação comercial de mais 493,8 MW de potência entre novas usinas, número 76% superior ao total previsto pela equipe de Fiscalização para o mês (280,15 MW), corroborando a afirmação de que a Agência tem mantido níveis de normalidade quanto ao acompanhamento da expansão da oferta de energia elétrica no país, utilizando inclusive novas tecnologias para seguir realizando os trabalhos em meio às dificuldades advindas com a disseminação da Covid e medidas de isolamento social, como o acompanhamento de obras por imagens de satélite.

De acordo com o levantamento, as centrais eólicas lideraram a ampliação da matriz energética no período, com 220 MW, representando 44,5% das liberações, seguido por 126 MW de usinas movidas à biomassa e 100 MW entre fotovoltaicas, com as três fontes representando 90% dos provimentos. Outro destaque foi a aprovação de pequenas usinas termelétricas contratadas no Leilão de Geração 02/2016, e que passaram a atender cinco comunidades no Amazonas.

A expansão total no ano indica 2,8 GW, com destaque para o estado do Sergipe (1,5 GW), que possui a maior térmica do Brasil, a Porto do Sergipe I, com 445 MW. Em segundo lugar vem o Piauí (523,3 MW) puxado em parte pelo complexo fotovoltaico São Gonçalo, seguido pelo Rio Grande do Norte, com 259,8 MW predominantemente eólicos.

Quanto à capacidade instalada, o Brasil alcançou 172.574 MW de potência fiscalizada no acumulado de 2020, segundo dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o SIGA, atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, 82,75% são impulsionados por fontes renováveis, com predominância das UHEs e com as eólicas chegando a 9% da representatividade.

Nos ativos em construção, constam 37,4% em usinas térmicas, 32,8% eólicas, 17,8% nucleares, 5,7% solar e 4,4% de pequenas centrais hidrelétricas. Entre as construções não iniciadas, o destaque fica para 43,7% em UFVs, seguido por 30,2% de EOLs, 18,5% de UTEs e 6,6% de PCHs.