O nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas atingiu no mês de maio valores superiores aos registrados nos últimos anos nas regiões Sudeste/Centro-Oeste (55,1%), no Nordeste (91,9%) e Norte (83,6%). A exceção foi a Região Sul, onde os reservatórios equivalentes chegaram a 17,4% de sua capacidade, em razão da seca prolongada. Para o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o armazenamento atual reforça a segurança energética do sistema, o que tem reduzido a necessidade de geração termelétrica.

O CMSE voltou a realizar reunião presencial nesta quarta-feira, 3 de junho, com número menor de participantes, que respeitaram as orientações de distanciamento em razão do coronavírus. Os encontros anteriores foram feitos por videoconferência.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico informou durante balanço sobre os impactos da pandemia do COVID-19  no setor elétrico que há tendência de estabilidade no comportamento da carga, que apresentou redução menos acentuada em maio, na comparação com março e abril.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que o país está concluindo o terceiro mês do estado de emergência com segurança no fornecimento e armazenamento elevado. “A região Sul já apresentou uma pequena melhora, o que nos anima”, completou Albuquerque, segundo nota divulgada pelo MME.

Primeiro mês do período seco, maio registrou um volume menor de chuvas, como esperado para essa época do ano. As bacias dos rios Jacuí e São Francisco foram as únicas que apresentaram precipitações acima da média histórica.

Para junho, a previsão é de que os reservatórios atinjam 55% (SE/CO), 23,1% (S), 87,3% (NE) e 85,2% (N). Mesmo com a leve melhora prevista para o Sul, o CMSE manteve autorização para a adoção de medidas excepcionais de preservação dos reservatórios das hidrelétricas, caso seja necessário.