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A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) divulgou nesta segunda-feira, 8 de junho, um levantamento com empresas associadas para avaliar os impactos da crise sanitária no setor. Embora o número de instalações de GD continue crescendo, o cenário é de preocupação para muitos dos entrevistados, especialmente para empresas de médio e pequeno porte.
Segundo os dados obtidos, 73,4% das empresas respondentes informaram que tiveram faturamento reduzido durante a pandemia do Covid-19. Para 18,8%, a situação permanece igual e 7,8% aumentaram o faturamento. “Nosso objetivo com o levantamento é tentar entender o cenário que as empresas estão enfrentando e como elas estão reagindo a essa nova realidade”, explica Carlos Evangelista, presidente da ABGD.
Fundada em 2015, a ABGD conta com mais de 800 associados, entre eles provedores de soluções, EPC’s, integradores, distribuidores, fabricantes, empresas de diferentes tamanhos e segmentos, além de profissionais e acadêmicos, que têm em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída.
Empréstimos
A ABGD levantou que 36% dos entrevistados recorreram a empréstimos para atravessar esta fase de restrições de caixa. O principal custo das empresas no momento é a mão de obra, apontado por 79,7% dos respondentes.
Segundo a entidade, há um esforço por parte dos empresários para evitar demissões, a maioria deles, 51,6%, ainda não adotou nenhuma medida de redução de custos; todavia, 20,3% tiveram de recorrer à suspensão de contratos de trabalho, 15,6% promoveram férias coletivas e 12,5% optaram pela redução de jornada com redução de salários.
Para o segundo semestre, após fim do isolamento social, a ABGD estima um período de retomada do mercado, impulsionado pela conscientização ambiental e pela necessidade de redução de custos com energia elétrica. Há expectativa de maior interesse da população por soluções renováveis: “em tempos de crise, as pessoas podem perceber de maneira mais evidente a importância da sustentabilidade em seus mais diferentes aspectos, seja do ponto de vista econômico, ambiental ou social”, conclui Evangelista.
A pesquisa quantitativa foi concluída em 4 de junho. As respostas foram coletadas por meio de e-mail e mensagens.