O Brasil registrou deflação de 0,38% em maio, após o recudo de 0,31% em abril. É o segundo mês consecutivo de queda nos preços e o menor índice desde agosto de 1998, quando ficou em -0,51%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quarta-feira, 10 de junho, pelo IBGE. No acumulado do ano, o índice registrou queda de 0,16%. A meta de inflação é de 4% para 2020, com tolerância de desvio de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Segundo o IBGE, o maior impacto negativo do índice nesse mês veio do grupo Transportes (-1,9%), puxado principalmente pela queda no preço dos combustíveis (-4,56%). “A gasolina é o principal subitem em termos de peso dentro do IPCA e, caindo 4,35%, acabou puxando o resultado dos transportes para baixo, assim como as passagens aéreas, que tiveram uma queda de 27,14% e foram a segunda maior contribuição negativa no IPCA de maio”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Outros grupos também tiveram deflação. No segmento habitação, a maior contribuição negativa veio da energia elétrica, que recuou 0,58%. Em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que irá manter a bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional na conta de luz, até o fim do ano. Clique aqui para ver a evolução dos preços de outros grupos.