A agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou a nota de crédito dos Ratings de Probabilidade de Inadimplência da Eletrobras de longo prazo em moeda local e estrangeira em “BB-”, mantendo a perspectiva negativa, em função da perspectiva do rating soberano do país, que deve concentrar seus esforços no combate à pandemia, estar fortemente atrelado ao da estatal de energia.
A intenção do governo de privatizar a elétrica não foi considerada na avaliação da agência, pois sua concretização ainda é incerta. Caso seja efetivada, a Fitch provavelmente deixará de associar seu rating ao do soberano e a analisará com base apenas em seu perfil de crédito individual, que atualmente condiz com um rating ‘b’, devido à geração de fluxo de caixa livre (FCF) pressionada e à elevada alavancagem ajustada, apesar do baixo risco de negócios e de sua relevante escala no setor de energia elétrica do Brasil.
Segundo a análise, as iniciativas da companhia para reduzir custos e vender ativos para melhorar a estrutura de capital do grupo são positivas e vêm melhorando o perfil de crédito geral. Outro ponto abordado é de que a exposição da empresa à disseminação do coronavírus é reduzida, uma vez que suas operações ocorrem principalmente por meio de contratos no mercado regulado nos segmentos de geração e transmissão, com a Fitch não acreditando em impactos negativos significativos sobre estes negócios para o grupo.
A agência também alterou o Índice de Relevância ESG – Environmental, Social and Governance da estatal para o fator de Transparência Financeira, com upgrade de 1 ponto, entendendo que a empresa melhorou a divulgação de seus relatórios financeiros aos investidores e cumpriu prazos obrigatórios nos últimos cinco anos, que subsidiaram a revisão da pontuação nesse fator.