A maior sequência de incêndios florestais de todos os tempos, na Austrália, aconteceu no início de 2009, no evento que ficou conhecido como Sábado Negro, deixando um número superior a 200 mortos no país. No estado mais atingido, Victoria, mais de 700 casas foram destruídas. Parte do grande número de focos de incêndio foi associado à queima de fusíveis da rede elétrica. Para mitigar os riscos de novos eventos desse tipo, as concessionárias de energia do país investiram fortemente na instalação de religadores modulares em linhas elétricas de média tensão.

O uso de religadores modulares monofásicos já é uma realidade em diversas regiões do mundo. A estratégia implementada implica no fechamento completo do sistema de isolamento, na comunicação segura, no controle da sequência de religamento automático e na presença de sensores avançados e funcionalidades de proteção, que monitoram e atuam nos casos de interrupções.

A solução que valeu para essa situação-limite na Austrália tem se mostrado extremamente valiosa para a distribuição de energia em vários segmentos. No Brasil, a adoção de religadores exerce um papel fundamental para que as concessionárias de energia cumpram os requisitos de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC).

Esses indicadores possibilitam à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) verificar a continuidade do serviço prestado, por meio do tempo e do número de vezes que uma unidade consumidora permanece sem energia elétrica em determinado período. Portanto, assegurar um fornecimento contínuo, além de garantir a qualidade do serviço e a satisfação dos clientes, é tarefa elementar para que cada distribuidora mantenha sua boa reputação no mercado, o que naturalmente impacta na continuidade da prestação de serviços e em novos negócios.

Se, por um lado, a implementação de religadores modulares monofásicos passou a oferecer maior segurança contra interrupções de fornecimento, as concessionárias também precisaram destinar recursos suplementares para sua instalação, assim como para processos de manutenção. Até que uma nova tecnologia, apresentada mundialmente em 2019, começou a revolucionar o segmento.

Religador modular compacto: segurança com economia

Uma evolução dos religadores hidráulicos monofásicos tradicionais, o religador modular compacto (conhecido como CMR, da sigla em inglês para Compact Modular Recloser) tem, entre seus benefícios, a manutenção sensivelmente reduzida.

Os religadores tradicionais a óleo normalmente precisam de manutenção a cada cinco anos, ou após um determinado número de operações. O CMR, lançado pela Siemens em 2019 e já instalado em países como Estados Unidos e Austrália, não requer manutenção por 25 anos, demandando apenas a substituição da bateria recarregável.

Essa característica leva a uma redução de custos operacionais, pela eliminação das trocas de óleo e de ajustes de mecanismos de temporização. Outra vantagem do CMR é sua facilidade de instalação e comissionamento rápido. Ele também se destaca no segmento pela capacidade de utilizar a tensão de linha como fonte de alimentação, superando problemas comuns dos religadores hidráulicos obsoletos.

Desenvolvido para redes de distribuição aérea de média tensão até 27 kV, o CMR tem controle integrado, é autoalimentado por tensão de linha (permitindo medição de tensão) e possui uma carcaça completa e isolada, que cobre todas as partes energizadas, apresentando-se como solução amigável com o meio ambiente e agregando mais segurança para o operador de campo.

“Com design exclusivo, o Religador Modular Compacto da Siemens oferece opções para montagem flexíveis, sendo facilmente adaptado para diversas condições”, explica Edson Catutani, da área de Sistemas de Distribuição da Siemens. A nova solução também oferece como diferencial seu tamanho compacto (75,2 cm x 63 cm x 23 cm) e seu peso reduzido (25 kg) na comparação com religadores tradicionais.

O CMR também inova o segmento com sua conectividade wireless (dados criptografados), que possibilita a reconfiguração em serviço e o download do registro de eventos e do perfil da carga. “Graças a essa característica, o CMR oferece à concessionária o acesso permanente aos dados da rede, monitorando sua disponibilidade em tempo real”, acrescenta Edson.

Entre os itens de tecnologia embarcada do CMR, está também seu sistema GPS integrado. Projetado para o futuro, o novo religador modular compacto da Siemens já vem habilitado para conexão com o sistema de automação SCADA. O novo lançamento da Siemens está em conformidade com as normas IEC 62271-111 (2012)  e IEEE C37.60.

(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado produzido pela empresa)