A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o reajuste tarifário anual da Energisa Minas Gerais, que vai resultar em aumento médio 6,41% para os consumidores, sendo 5,81% em média para os alta tensão e de 6,56% na média para os conectados em baixa tensão.
O reajuste seria aplicado a partir de 24 de junho, mas foi adiado para 1º de julho. O valor correspondente ao período de postergação do índice será coberto com recursos da Conta Covid, que serão repassados à distribuidora. O valor referente à receita tarifária não arrecadada no período é de R$ 1,085 milhão. No período, também será deduzida, na mesma proporção, o valor a ser recolhido pela Energisa à Conta de Desenvolvimento Energético.
O aumento tarifário de 2020 não é muito diferente do valor médio homologado em 2019, que ficou em 6,73%. O índice atual é composto por custos de transmissão (1,20%), encargos setoriais (0,92%), compra de energia (4,92%), receitas irrecuperáveis (0,02%), distribuição (0,78%) e inclusão de custos financeiros (6,24%) que ficarão na tarifa dos próximos 12 meses. O valor final reflete a exclusão de 7,67% em componentes financeiros do ciclo tarifário anterior. Na compra de energia, todos os contratos tiveram impacto positivo no reajuste, com destaque para a tarifa da hidrelétrica de Itaipu, que representou 3,45%, e de contratos bilaterais com 1,08%.
A distribuidora sediada em Cataguases, Minas Gerais, e atende cerca de 462 mil unidades consumidoras (1,1 milhão de habitantes) em 65 municípios da Zona da Mata mineira, além da cidade de Sumidouro (RJ), e tem receita anual da ordem de R$702 milhões.