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Mesmo em meio a crise do coronavírus, alguns segmentos econômicos seguem crescendo exponencialmente no Brasil. A fabricante de rastreadores solares STI Norland, de origem espanhola, prevê quadruplicar suas receitas no país, passando de R$ 250 milhões em 2019 para R$ 1 bilhão neste ano, disse Javier Reclusa, CEO da companhia, em entrevista à Agência CanalEnergia.
A corporação iniciou suas atividades em 2015 e já se consolidou como líder de mercado, com 39% de participação nas vendas de equipamentos fotovoltaicos e serviços para grandes e pequenos sistemas de energia solar, de acordo com o relatório “Global solar PV tracker market share 2020”, publicado pela consultoria britânica Wood Mackenzie. Em segundo lugar está a Soltec, com market share de 36% no Brasil.
O Brasil já é o principal mercado da corporação fora da Espanha, representando 50% do faturamento global. A empresa já entregou cerca de 2 GWp de capacidade instalada em equipamentos no país. Com escritório em São Paulo, a manufatura é realizada na fábrica de Camaçari, distante 50 km da capital Salvador, na Bahia. Hoje a STI Norland Brasil emprega cerca de 150 pessoas localmente.
Javier Reclusa, da STI Norland
Segundo Reclusa, a empresa não só se diferencia pela qualidade dos equipamentos, mas também pela agilidade e suporte prestado aos clientes. Além disso, os equipamentos possem o selo Finame, do BNDES, o que permite os clientes acessarem condições favoráveis de financiamento junto ao banco de fomento.
Além de fabricante, a STI também realizada a operação, a manutenção e a construção das usinas. “Estamos verticalizando toda a linha de negócio, desde o investimento, fabricação de rastreadores solares, construção das usinas, operação, manutenção e fornecimento dos componentes”, disse o executivo.
O CEO contou que a pandemia acabou pegando a empresa de surpresa, porém não afetou a demanda, uma vez que os investimentos em energia possuem uma maturação no médio e longo prazo. Reclusa disse, ainda, que está muito otimista com país, principalmente com o crescimento da energia fotovoltaica no mercado livre e da geração solar distribuída. “Todos os nossos parceiros continuam investindo, poucos adiaram projetos”, afirmou.