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A BlockC, startup brasileira que une sustentabilidade com tecnologia, desenvolveu uma plataforma capaz de emitir Certificados de Energia Renovável (RECs, em inglês) em minutos, acelerando um processo que normalmente pode durar seis semanas.

A empresa desenvolveu uma forma de utilizar a tecnologia de blockchain, muito conhecida no mundo das criptomoedas, para emitir e a negociar RECs de forma ágil, ao menor custo possível e com toda a segurança que a tecnologia oferece.

O blockchain tem como principal característica a inviolabilidade. Basta uma pequena inconsistência no código e a cunhagem do REC não será validada. Isso garante ao emissor e o comprador a rastreabilidade e certifica que aquela operação é única e foi usada para neutralizar as emissões de carbono de um segundo agente.

A primeira experiencia de sucesso da BlockC foi com o Aeroporto Internacional de Viracopos, onde foi neutralizado 3.000 tCO2e  de gases de efeito estufa (GEE) utilizando a tecnologia. Forram neutralizados as emissões atribuídas ao consumo de eletricidade no aeroporto por meio da compra de 43.300 RECs lastreados na bioeletricidade injetada no sistema elétrico brasileiro por duas usinas do Grupo Balbo. Detalhe: a geradora teve uma nova receita de uma energia vendida no ano anterior.

Recentemente, operação semelhante foi feita com a empresa de soluções digitais para o agronegócio Agrotools. Em novembro de 2019, a BlockC  neutralizou 12 toneladas de CO2 equivalentes (12 tCO2e) das mais de 12 horas do Agrotools Brand Connections at Microsoft, evento sobre inovação em transparência e gestão de risco, realizado em São Paulo.

“A gente tinha a expectativa de vender os primeiros ecossistemas entre 6 meses e 1 ano, mas já estamos monetizando com esses produtos de pratilheira e alguns estão muito ligados ao setor de energia”, disse Adriano Nunes, sócio da BlockC, em entrevista à Agência CanalEnergia.

Qualquer gerador renovável pode emitir RECs. Porém, o processo costuma ser demorado e custoso, pois exige a contratação de uma consultoria para produzir os certificados e um terceiro para dar o “carimbo”. Além disso, o emissor é responsável pela venda dos RECs.

A BlockC criou um robô que acelera esse processo, conferindo os dados de geração da usina direto na Câmara de Comercialização de Energia (CCEE). O robô encapsula esses dados e emite os RECs digitais. Na outra ponta, a própria startup busca os compradores dos certificados. “Como a minha base tecnológica o meu custo marginal é zero e por isso tenho uma competitividade enorme. Esse ganho é compartilhado entre todos os envolvidos da operação”, explicou Nunes.

Para o executivo, o mercado de RECs ainda não se desenvolveu por falta de liquidez. “O problema de falta de liquidez é porque esse é um mercado voluntário e por ser um mercado voluntário cada um atribui um valor que acha que deve atribuir”, finalizou.