O lucro líquido da Engie Brasil Energia recuou 9,5% no primeiro trimestre para R$ 512 milhões na comparação com igual período anterior, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira, 24 de junho. De acordo com a Engie, o decréscimo é consequência, principalmente, da elevação das despesas financeiras sobre dívidas contratadas para financiar as aquisições e a implantação de projetos, além do acréscimo da despesa de depreciação dos ativos que iniciaram sua operação comercial durante o ano de 2019, em especial Pampa Sul.
A receita operacional da companhia cresceu 10,9% para R$ 2,594 bilhões nos três primeiros meses do ano. Segundo a empresa, esse crescimento foi reflexo, sobretudo, da maior quantidade de energia vendida em razão do início da operação comercial de Conjunto Eólico Umburanas e a Usina Termelétrica Pampa Sul ao longo do ano de 2019, da elevação do preço médio de vendas, bem como pelos maiores ganhos nas operações de trading.
A energia vendida chegou a 4.337 MW médios, 3,5% a mais. O preço líquido médio de venda alcançou R$ 192,17/MWh, com alta de 2,2%. A produção bruta de energia elétrica caiu 31,6% no período para 3.611 MW médios.
O ebtida da Engie Brasil aumentou 9,8% para R$ 1,096 bilhão de janeiro a março. “O crescimento é fruto, principalmente, da entrada em operação de Umburanas e Pampa Sul e da nossa participação acionária sobre os bons resultados de TAG no primeiro trimestre de 2020, além do crescimento do volume de energia vendida e do aumento do preço médio líquido de venda, bem como dos resultados positivos nas operações de trading”, comenta o diretor financeiro da Engie Brasil Energia, Marcelo Malta, em nota à imprensa.
Os investimentos totais da Engie Brasil Energia no trimestre foram de R$ 785,7 milhões, dos quais R$ 360 milhões destinados à aquisição de 100% da participação societária na Novo Estado Energia. A empresa encerrou o trimestre com R$ 4,2 bilhões em caixa. A dívida líquida da empresa está em R$ 11,084 bilhões, com crescimento de 33,2% sobre o primeiro trimestre do ano passado.