O setor de energia foi responsável por sete das 12 emissões de debêntures incentivadas realizadas entre janeiro e maio desse ano, de acordo com a última edição do boletim informativo do Ministério da Economia sobre o tema. O volume de recursos envolvido nessas operações é de R$ 4,95 bilhões, mostra a publicação divulgada nesta segunda-feira, 29 de junho.

Há um total de 19 projetos vinculados aos papéis já emitidos esse ano, enquanto outros 78 projetos estão aguardando a emissão. O mecanismo que permite a captação de recursos de longo prazo no mercado de capitais com benefícios tributários tem sido usado desde 2012. Ele é destinado a empresas dos setores energético (petróleo e gás e energia elétrica), de transporte e logística, de telecomunicações e saneamento

De 2012 a maio de 2020, o volume total distribuído em debêntures incentivadas para projetos de infraestrutura, em oferta pública e oferta restrita (apenas investidores profissionais), foi R$ 88,8 bilhões. Dos 308 projetos, 237 (72,3% do total) são da área área de energia, que também captou o maior volume de recursos: R$64,3 bilhões.

Transporte e logística teve 57 projetos (24,6%) com volume de recursos de R$ 21,9 bilhões; telecomunicações cinco projetos (1,1%), com R$ 948,5 milhões, e saneamento nove projetos (2%), com R$ 1,8 bilhão.

A participação de pessoas físicas nas duas modalidades chegou a R$ 27,3 bilhões até o mês passado. O valor corresponde a 31% das debêntures incentivadas de infraestrutura distribuídas em cerca de oito anos.