Para reduzir o número de interrupções no fornecimento de energia causados pela quebra e queda de galhos de árvores sobre as redes de distribuição, a Cemig tem avançado com um projeto de P&D para melhorar a tomada de decisão com relação às podas preventivas, visando a detecção precoce de galhos de árvores que possam causar danos ao sistema. A iniciativa conta com um aporte de R$ 2,5 milhões e deve ser concluída até 2022.
Intitulado Quebra-galho, o projeto é tocado por meio de uma parceria entre a concessionária mineira e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), dentro do Programa de P&D da empresa regulado pela Aneel. “O objetivo é reduzir os custos envolvidos com o atendimento de ocorrências, multas e perda de receita. Para a sociedade, significa melhoria da qualidade do serviço entregue e mais segurança para a população”, explica Marina Moura de Souza, engenheira de gestão ambiental da Cemig.
Ela explica que os estudos têm como foco o entendimento da relação entre os vários níveis estruturais da vegetação, como arquitetura de copa, geometria dos galhos e anatomia dos tecidos, combinando os conceitos de biodeterioração (apodrecimento) e biomecânica aos métodos de análise estrutural e resistência de materiais. “Ou seja, as pesquisas são voltadas para entender as árvores e seus galhos como uma estrutura mecânica”, define a especialista.
Redução de despesas e melhoria de indicadores – Para tornar essas informações úteis ao serviço de manutenção do sistema elétrico, a companhia anunciou que irá desenvolver um cálculo probabilístico embarcado em um aplicativo de celular, no intuito de contabilizar o risco de quebra e queda de galhos, mediante informações básicas coletadas em campo. Assim, poderá ser subsidiada a tomada de decisão quanto à realização de podas, com consequente redução de despesas com manutenção e melhorias nos indicadores de desempenho do sistema, finaliza a engenheira.