As tarifas da Energisa Sul Sudeste terão aumento médio de 4,87%, com efeito médio de 6,9% para os consumidores em alta tensão e de 4,03% para os de baixa tensão. As novas tarifas serão aplicadas a partir de 12 de julho.

O resultado final do reajuste anual aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica reflete a antecipação do desconto na tarifa de valores a serem recebidos pela empresa do empréstimo da Conta Covid. Sem o amortecimento tarifario, o reajuste médio a ser percebido pelos consumidores seria da ordem de 10%, sendo 12% na alta tensão e em torno de 9% na baixa tensão.

Com o desconto de R$ 97,3 milhões que entrarão no caixa da empresa por meio do empréstimo, o reajuste da Energisa Sul Sudeste foi 44% menor para os consumidores de alta tensão e 58% menor para os de baixa tensão. Esses recursos vão cobrir a variação de custo de itens da Parcela A (CVA) nos próximos 12 meses e os impactos da sobrecontratação de energia.

O reajuste anual é composto por custos de transmissão, com 5,71%; aquisição de energia, com 4,79%; encargos setoriais, com 1,43%, e componentes financeiros incluídos na tarifa do ciclo atual, com 1,82%. Os custos de distribuição, que também compõem a tarifa, tiveram redução de 0,35%, e foram retirados ainda 8,52% em custos financeiros dos últimos 12 meses.

Na compra de energia, o item que mais pesou foi o aumento do preço da energia de Itaipu, que aumentou 36,8% e representou 4,08% do aumento dos custos com os contratos de suprimento. A energia da usina tem sido impactada pela variação do dólar nos últimos 12 meses.

A distribuidora da Energisa atende 85 municípios em São Paulo, Minas Gerais e Paraná com 797 mil unidades consumidoras (1,83 milhão de habitantes). O faturamento anual da empresa é da ordem de R$ 1,65 bilhão.