O Brasil assumiu a 16ª posição no ranking mundial da fonte solar fotovoltaica, segundo dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA). O país avançou cinco posições entre 2018 e 2019, terminando o ano passado com 4,53 GW de capacidade instalada.
O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e divulgado nesta quinta-feira, 9 de julho. Apenas em 2019, o Brasil adicionou 2.120 MW, impulsionados pelo avanço da geração distribuída, que instalou 1.470 MW, e seguidos de 650 MW de geração centralizada.
De acordo com a Absolar, o Brasil fechou o ano de 2019 com R$ 24,1 bilhões em investimentos privados acumulados na fonte solar fotovoltaica, tendo gerado mais de 134 mil empregos acumulados desde 2012. Apenas no ano de 2019, o setor trouxe ao Brasil R$ 10,7 bilhões em novos investimentos e mais de 63 mil empregos.
O ranking é liderado pela China, seguida do Japão, Estados Unidos e Alemanha, com destaque para o crescimento significativo da Índia no período. No caso brasileiro, em 2017, o país ocupava a 27° posição. Já em 2018, saltou para 21° e, no último exercício, chegou ao 16° lugar.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, comemora a subida de cinco posições no ranking, mas lembra que o Brasil já está entre os dez primeiros países nas demais fontes renováveis, incluindo hídrica, eólica e biomassa. “Só para a fonte solar o país ainda não atingiu o top dez no mundo e temos totais condições de chegar lá. Se, por um lado, o Brasil está atrasado na solar, em comparação com outras renováveis, por outro lado, o avanço recente da solar mostra que ainda há um oceano de oportunidades para quem quer trabalhar e empreender neste mercado no nosso país”, destaca.
“A solar fotovoltaica é a fonte renovável mais competitiva do país, sendo uma forte locomotiva para o desenvolvimento sustentável, com geração de emprego e renda, atração de investimentos, diversificação da matriz elétrica e benefícios sistêmicos para todos os consumidores. O Brasil tem muito a ganhar com o crescimento desta fonte limpa, renovável e competitiva e precisa avançar mais para se tornar uma liderança mundial no setor, cada vez mais estratégico no século XXI”, destaca o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.