A demanda por energia nas quatro distribuidoras do Grupo Neoenergia recuou 8,95% no segundo trimestre e 4,32% no primeiro semestre, é o que mostram os dados preliminares da companhia quando comparados ao mesmo período de 2019. No trimestre foram injetados 15.119 GWh e no acumulado do ano em 32.543 GWh, esse é o volume referente ao volume do ACR, ACL mais perdas.
As maiores retrações ficaram na casa de 9,5% para a Elektro e Coelba, 7,9% na Celpe e de 7,7% na Cosern no período de abril a junho. No ano os índices são de 5,7% para a Coelba, 5% na Elektro, 2,7% na Cosern e de 2,1% na Celpe. No comunicado da empresa esses indicadores são atribuídos a dois fatores principais, a pandemia de covid-19 e melhora do mix. Em todas as concessionárias houve aumento da demanda na classe residencial. No restante, quedas de mais de 25% na classe comercial com exceção da Elektro onde a redução ficou em 18%.
A geração de energia das usinas de fontes renováveis da empresa recuou 0,25% no trimestre, ficou em 3.314 GWh e nos seis meses aumentou em 3,43%, para 7.349 GWh. A capacidade instalada está em 3.546 MW, sendo 516 MW de eólicas e 3.030 MW em UHEs. O destaque na geração por meio dos ventos se deu na disponibilidade dos ativos, acima de 97%, conforme programado, mas baixo recurso eólico tanto no trimestre quanto no acumulado de 6 meses ante 2019. Já a geração hídrica apresentou estabilidade, mas aumento de geração por maior afluência nas bacias.
Já na Termopernambuco a geração no trimestre somou 100 GWh, redução de 77,22% por menor quantidade de dias de operação ante 2019. Este ano foram 83 dias de parada, divididos entre 10 dias de manutenção e 73 por não despacho. No mesmo período do ano passado foram 61 dias de paralisação. A Neoenergia afirma que o efeito no resultado da companhia é minimizado pela compra de energia a preços inferiores ao custo variável unitário, para suprir seus contratos de venda. No acumulado do ano a geração se encontra acima do primeiro semestre de 2019 em 5,37% com 1.119 GWh.