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Após ter fechado no início do mês contrato com a Dow para fornecimento de energia gerada no complexo solar Jacarandá, a Atlas Renewable Energy vê a fonte solar mais madura para projetos de autoprodução no mercado livre. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o diretor comercial da empresa, Luis Ballester, vê grande espaço para o crescimento da fonte nesse tipo de contrato. O acordo com a Dow tem duração de 15 anos e é considerado um dos maiores da área solar. “A gente acredita que os próximos anos vão ser virtuosos para a questão da solar no ACL, estamos a gente está otimista”, explica. Em março, ela também já havia fechado contrato com a Anglo American.
O radar da empresa está ligado nas oportunidades do mercado e Luiz Fernandez-Pita, dretor geral da Atlas no Brasil, não descarta aquisições de projetos solares no Brasil e na América Latina. “Se a oportunidade fizer sentido econômico, vamos buscar. Nosso objetivo não é crescer por crescer, é crescer de um jeito bem ordenado”, ressalta. Em 2017, a Atlas começou no mercado com 220 MW. Hoje ela tem 420 MW em operação e ela tem contratos assinados para mais 500 MW, o que vai deixá-la com quase 1 GW. “Dobrar esse tamanho pelos próximos anos de jeito responsável é nosso objetivo”, avisa Pita.
A predominância pelos contratos longos deve prevalecer nos negócios da Atlas. Segundo Ballester, pelas características da Atlas, que é investidora e constrói parques para operar no ambiente livre, fica mais difícil montar um equação de prazo curto. “A gente não é uma comercializadora que tem muita energia sobrando, a gente constrói plantas. Para conseguir o preço mais equilibrado, os prazos são mais longos”, comenta.
Para ele, esse bom cenário que se desenha é fruto de três fatores: o patamar de preços que as renováveis estão alcançando no país, cada vez mais baixo; o segundo é a pegada sustentável que muitas consumidoras intensivas de energia vêm adotando, de redução de emissões por meio de renováveis. Já a terceira razão é uma característica da Atlas, de oferecer soluções específicas, sob medida, baseadas nas necessidades do cliente. “Temos conseguido montar soluções tailor made, adaptadas, com volume necessário para o player, com a questão do horário de consumo dele”, observa o executivo da Atlas.
Luis Fernandez-Pita, diretor geral da Atlas Renewable Energy no Brasil, vê o país como o maior mercado da América Latina. Após a fonte se consolidar nos leilões, os contratos longos no ACL é um outro caminho de desenvolvimento que ele vislumbra, muito em conta pelo excesso de irradiação no solo brasileiro. “Essa particularidade do Brasil com recurso praticamente inesgotável faz com que a perspectiva do mercado seja muito positiva”, avalia.