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Lentamente a mobilidade elétrica avança no Brasil. Em 2019, as vendas e emplacamento de veículos elétricos e híbridos bateram todos os recordes, com 11.858 unidades, o triplo do que foi em 2018, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O país tem um estoque de 22.524 veículos elétricos, número ainda pequeno quando comparado às dezenas de milhões de veículos a combustão que estão em circulação.

“A gente entende que a mobilidade elétrica é algo que vai crescer muito nos próximos anos e a gestão disso vai ser fundamental”, disse Mario Henrique Sanchez, desenvolvedor de negócios na área de Digital Grids da Siemens.

Devido ao algo custo, a demanda por veículos elétricos começará nas classes mais altas da sociedade, mas a tendência é que em algum momento a tecnologia também se torne acessível para as classes mais baixas. O carro elétrico faz parte do processo de descarbonização da economia. O setor de transportes é um dos principais emissores de gases de efeito estufa.

Segundo Rodolfo Pinto, CEO da Araxá Energia, um veículo elétrico pode promover uma economia de custo de até 30% quando comparado aos veículos a combustão. Quando essa tecnologia é somada ao painel solar residencial, essa economia pode chegar a 70%.

No entanto, o veículo elétrico desafia a atual infraestrutura elétrica. As distribuidoras precisarão dispor cada vez mais de tecnologia para fazer a gestão desses fluxos de cargas. Sanchez disse que a Siemens acabou de trazer para o mercado brasileiro uma plataforma flexível que permitirá diversas aplicações para mobilidade elétrica. Objetivo é facilitar a gestão do setor envolvendo os mais diversos players, e estimular o uso de veículos elétricos pela população.

Inicialmente disponível para distribuidoras de energia e operadores de eletroposto, o E-Car OC faz o gerenciamento detalhado de cargas, bem como realizada também o faturamento da energia.

Imagine que diversos veículos elétricos sejam conectados por volta de 19h, quando as pessoas normalmente retornam do trabalho. O condomínio precisará monitorar esse aumento de demanda para que não ocorra um desabastecimento em outras áreas. A mesma reflexão serve para as distribuidoras, que precisarão ter dados mais detalhados para atender os momentos de alta demanda.

“Tem uma série de operações por trás do veículo elétrico que elas precisa ser controlados, desde a cobrança e faturamento da energia nos casos dos eletropostos, passando por diferente operadores, passando pela distribuidora no sentido de garantir o suprimento de energia para o carregamento do veículo e demais dispositivos conectados à rede”, exemplificou Sanchez, da Siemens.

O E-Car OC é novo no Brasil, mas já é utilizado amplamente na Europa. A plataforma é customizável, o que permite adicionar outras funcionalidades mantendo uma interface prática para o usuário final.

Algumas das informações fornecidas pela plataforma: Questões como saber o potencial de energia elétrica para a instalação de pontos de recarga ultrarrápidos em uma determinada região; que empresa opera cada eletroposto nas vias; tempo necessário para recarregar a bateria do veículo em diferentes locais durante uma viagem; e o custo a ser pago pela eletricidade em diferentes regiões.

Com os incentivos da Aneel, será crescente o número de empresas e investidores que passarão a atuar em um mercado que saltará de 3,9 mil unidades vendidas, em 2018, para cerca de 180 mil ao ano até 2030, segundo projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia (MME).