A análise dos dez primeiros dias de julho revela que o consumo de energia no mercado livre já se aproxima aos mesmos níveis de 2019, embora ainda carregue uma taxa negativa de 0,5%. O mercado regulado apresentou retração de 5,8% no período. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo nacional de energia registra retração média de 4,1% de 1º a 10 de julho.

Para efeitos de comparação, em abril, mês em que houve a maior queda, devido às medidas de combate ao novo coronavírus, a retração da demanda chegou a 12,1% no Sistema Interligado Nacional (SIN), com diminuição de 11,5% no mercado regulado e de 13,6% no livre.

Quando se compara a média de consumo de todo o período de isolamento (21/03 a 10/07) com a média dos 20 dias imediatamente anteriores às medidas restritivas (01/03 a 20/03), a redução no SIN é de 14,3%, o que corresponde a uma diminuição de 13,9% no ACR e de 15,0% no ACL.

A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados, comparando a média de todo o período de isolamento (21/03 a 10/07) com os mesmos dias de 2019. O levantamento indica que o Rio de Janeiro continua sendo o estado que apresentou maior queda, de 14%, seguido pelo Espírito Santo, com redução de 12%.

Três estados tiveram alta: Amapá (3%) e Maranhão (1%) – por causa da baixa redução no mercado regulado (distribuidoras) e da retomada de alguns setores da economia nestes estados – e o Pará, com 5%, resultado que ainda reflete a retomada da produção de uma indústria de alumínio que teve atividades paralisadas no ano passado.

Ao se analisar o desempenho por região geográfica, Rio de Janeiro lidera a queda no Sudeste. No Sul do país, os três estados apresentam o mesmo percentual de queda, de 9%, enquanto, no Centro-Oeste, a redução mais expressiva ocorreu no Distrito Federal (-7%). O Nordeste tem a Bahia como o estado com maior índice de redução (-10%). Na região Norte, a maior queda se deu no Acre, com -9%.