A agência de classificação de risco Standard & Poor’s reafirmou os ratings de 26 empresas do setor elétrico brasileiro, apesar da crise causada pela pandemia de covid-19. Essa ação, explica, deve-se a menor vulnerabilidade das geradoras e das transmissoras quando comparadas ao segmento de distribuição.
Para a S&P, a expectativa é de que as distribuidoras terão maiores necessidades de capital de giro no curto prazo, dado que arrecadam receitas para todo o setor, ao mesmo tempo que equilibram o descasamento entre queda na demanda e energia excedente e que lidam com o aumento da inadimplência provocado pela desaceleração econômica. Espera ainda que a alavancagem aumente este ano, mas que as métricas de crédito se recuperem gradualmente nos próximos anos.
Destaca ainda que para enfrentar os efeitos da pandemia foi adotada a Conta Covid para injetar liquidez extraordinária no setor. Essa ação, continua, é vista como positiva do ponto de vista da qualidade de crédito, dado que ajudará a mitigar a esperada redução dos fluxos de caixa operacionais.

“De um modo geral, acreditamos que as empresas do setor elétrico brasileiro serão capazes de enfrentar a crise econômica principalmente devido às suas posições de liquidez confortáveis e à flexibilidade para reduzir investimentos e dividendos, se necessário, sem comprometer as métricas de crédito”, aponta em sua análise a S&P.

A reafirmação de ratings engloba empresas tanto de geração, transmissão quanto de distribuição de energia em todas as regiões do país.