O programa Celesc Rural, lançado em 2019, continua a ser desenvolvidos, apesar da pandemia. E segundo a estatal, as obras ganharam um reforço. Ao todo, informa a concessionária, serão cerca de mil ações que vão substituir redes monofásicas nuas por redes monofásicas ou trifásicas com cabos protegidos, até meados de 2021, em cerca de 2,5 mil quilômetros em Santa Catarina.
A previsão de investimento no programa é de mais de R$ 150 milhões, sendo que R$ 81 milhões já foram licitados e as obras iniciadas para construção das redes compactas com cabos protegidos, e outros R$ 30 milhões investidos na aquisição de religadores para o campo. Além disso, mais R$ 40 milhões serão lançados para licitação com foco em novas redes até o próximo mês.
No Celesc Rural, novas redes trifásicas com cabos compactos protegidos permitirão a instalação de equipamentos mais potentes e modernos para as atividades rurais, contribuindo para o aumento da produção e trazendo uma nova realidade para os produtores e para o agronegócio catarinense. Já as novas redes monofásicas, explica a Celesc, garantirão maior confiabilidade ao produtor rural, pois este novo padrão de rede garante a continuidade da distribuição de energia elétrica mesmo quando tocado por vegetação, o que não ocorria com os cabos nus.
O programa foi lançado em 2019, quando iniciou a nova gestão da diretoria da Celesc e do Governo do Estado, para atender antigas reivindicações dos produtores rurais e reforçar as redes de distribuição de energia no campo. Foi idealizado após visitas do atual presidente, Cleicio Poleto Martins, às áreas rurais do Estado para conhecer a necessidade e realidade dos produtores rurais que há tempos reivindicavam energia elétrica de qualidade no campo.
A partir da construção do novo padrão das redes, os interessados em ter o sistema trifásico deverão solicitar à Celesc a instalação do transformador trifásico e da rede de baixa tensão entre a nova rede e sua propriedade. Nos cálculos da empresa, em regiões onde já foram instaladas estas redes a redução no número de interrupção caiu cerca de 90%, como no Alto Vale. Já a ação de substituição de cabos monofásicos nus por cabos monofásicos protegidos aumentou em 95% a confiabilidade do sistema, mesmo com a presença de vegetação.