Os programas de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética do setor elétrico somaram em duas décadas R$ 13,5 bilhões em investimentos, segundo balanço da Agência Nacional de Energia Elétrica. Executados por empresas do setor, a partir de percentuais de receita operacional líquida estabelecidos em lei, ambos os programas completam oficialmente 20 anos nesta sexta-feira, 24 de julho, data de publicação da Lei n. 9.991/2000.
Há investimentos, porém, anteriores aos anos 2000. Os gastos das duas rubricas entram na composição final da tarifa do consumidor.
O projetos de P&D totalizaram R$ 7,62 bilhões entre 1999 e 2019 e resultaram em 325 patentes e registros de propriedade intelectual, 1.200 títulos de pós-graduação e mais de 3,9 mil artigos científicos e trabalhos publicados, de acordo com a Aneel.
Nas ações em Eficiência Energética, o total de investimentos chegou a R$ 5,9 bilhões de 1998 a 2019, com 4.850 projetos concluídos. Isso possibilitou uma economia de 63 TWh de energia, equivalente ao consumo de 32,4 milhões de residências durante um ano. Ainda segundo a agência, a oferta ao consumidor de soluções e equipamentos mais econômicos reduziu em 2,8 GW a demanda de energia no horário de ponta. Isso equivale a 40% da carga da Região Norte.
A Aneel concluiu a revisão do Manual de Eficiência Energética e os Procedimentos de P&D e vai realizar um estudo mais amplo de avaliação do impacto do programa de eficiência. “A nova sociedade, que vai emergir quando vencermos esse período de pandemia, precisará mais do que nunca de novas soluções”, afirmou o diretor-geral da autarquia, André Pepitone, em nota divulgada pela agência.