A bioeletricidade em geral (que inclui as diversas biomassas) ofertada para a rede somou 10.882 GWh de janeiro a junho deste ano, um aumento de 7% em relação a igual período em 2019. De acordo com dados divulgados pela União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica), a volume equivale a atender 5,6 milhões de unidades residenciais pelo ano de 2020 inteiro.
Em capacidade instalada de geração, atualmente outorgada pela Aneel, o Brasil detém 174.603 MW. A biomassa em geral representa 9% da matriz elétrica brasileira, com 15.273 MW instalados, é a quarta maior na matriz, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural. Apenas o setor sucroenergético detém 11.659 MW, superando a capacidade instalada na usina Belo Monte (que é 11.233 MW), representando algo próximo a 7% da potência outorgada no Brasil e 76% da fonte biomassa em geral.
De janeiro a maio deste ano 86% do total da geração pela fonte bioeletricidade em geral para a rede esteve concentrada em apenas cinco Estados, São Paulo (41%), Mato Grosso do Sul (17%), Minas Gerais (11%), Paraná (9%) e Goiás (8%). Todos esses Estados ficam na Região Centro-Sul sucroenergética. O estado que mais gerou bioeletricidade para a rede foi São Paulo, responsável por 41% do total até maio.
Segundo a publicação da Unica, até maio, a bioeletricidade ofertada para a rede, pelo setor sucroenergético, foi 5.686 GWh (crescimento de 8% entre janeiro e maio de 2019 e 2020). Segundo os cálculos da entidade, esse volume de geração equivalente ajudou a poupar 4% da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro