A Eletrobras vai destinar R$ 30 milhões do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica ao Fundo Garantidor para Crédito a Eficiência Energética do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O aporte inicial no FGEnergia vai permitir a geração de garantias para cerca de R$ 200 milhões em projetos de eficiência energética em todo o Brasil, estima o BNDES.

O fundo tem um mecanismo de garantias que reduz o risco dos agentes financeiros na concessão de crédito para projetos de eficientização energética, o que na prática facilita o acesso a recursos pelas empresas. A garantia pode chegar a 80% do crédito total e depende da validação de critérios técnicos do projeto relacionados à eficiência energética, explica o banco em nota.

O FGEnergia foi um dos projetos selecionados para o 3º Plano Anual de Aplicação dos Recursos do Procel. O recursos não são reembolsáveis e vão apoiar projetos de eficiência energética de diferentes setores da economia.

O fundo garantidor foi desenvolvido pelo BNDES em conjunto com o Laboratório de Inovação Financeira (LAB) , que tem entre seus integrantes o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Ele tem como objetivo suprir a demanda de concessão de garantias para projetos de eficiência, permitindo a flexibilização da exigências de garantia real pelos agentes financeiros na concessão de financiamento, explica o banco.

O aporte inicial possibilita a estruturação do fundo, que vai operar na primeira fase como um piloto para futura captação de recursos de terceiros junto a investidores nacionais e internacionais. Entre os potenciais financiadores estão fundos internacionais voltados ao combate às mudanças climáticas e no crescimento global sustentável, como o Green Climate Fund (GCF), o UK Sustainable Infrastructure Program (UK SIP) e fundo do banco de desenvolvimento alemão KfW.