O mercado fio da Copel (PR) teve uma redução de 5,9% no segundo trimestre de 2020, ficando em 7.088 GWh. No mesmo trimestre do ano passado, o número era de 7.533 GWh. De acordo com a empresa paranaense, a queda veio devido à redução da atividade econômica em várias áreas em função dos efeitos da pandemia de covid-19, com um impacto negativo de 6,7% no consumo do mercado livre no período. Esse recuo foi parcialmente compensado pelo aumento de 5,2% do consumo da classe residencial e 3,3% da classe rural. O marcado fio é formado pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias dentro do Paraná e pela totalidade dos consumidores livres na área de concessão.
Ainda de acordo com a Copel, a venda de energia no mercado cativo somou 4.554 GWh, queda de 5,8%. A classe residencial demandou 1.891 GWh entre abril e junho de 2020, aumento de 5,2%, reflexo do crescimento do consumo médio mensal para 163 kWh/mês, influenciado principalmente pelas medidas de isolamento social implementadas em março. A outra classe que teve crescimento, a rural, refletiu o bom desempenho do agronegócio no Paraná, apesar dos efeitos negativos da pandemia da covid-19. Em junho, essa classe representou 13,1% do consumo do mercado cativo da Copel.
No segmento industrial, houve queda de 18,8% no período, totalizando 549 GWh, causada pela forte redução do consumo de energia das indústrias, pela diminuição do nível de atividade econômica em função dos efeitos da pandemia, sendo que os segmentos de fabricação de produtos de minerais não-metálicos, com recuo de 49,4% e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com queda de 38,4%, foram os mais afetados. Nessa conta ainda está a migração de clientes para o mercado livre, os quais representariam o consumo médio de aproximadamente 80 GWh no trimestre. Ao final de junho de 2020, a classe industrial representou 12,1% do consumo do mercado cativo, com 71.209 consumidores.
Já a classe comercial foi outra em queda, de 19,1%. Esse comportamento também é decorrente da redução da atividade econômica em função da pandemia, sendo que as atividades de serviços para edifícios e atividades paisagísticas e construção civil foram as que mais impactaram nesse resultado, com baixas de 45,1% e 62,9%, respectivamente. A classe representava 20,4% do consumo do mercado cativo.
O fornecimento de energia da Copel, que representa o volume de energia comercializada no mercado cativo da distribuidora e pelas vendas no mercado livre da Copel GT e da Copel Comercialização, registrou queda de 2,4% entre abril e junho de 2020.
Energia Vendida – O total de energia vendida pela Copel, que é formado pelas vendas da Copel-D, da Copel GT, dos Complexos Eólicos e da Copel Comercialização em todos os mercados, atingiu 12.943 GWh no segundo trimestre de 2020, crescimento de 8%.