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A Araxá Energia está se estruturando para se tornar uma plataforma de investimentos em energias renováveis e baterias urbanas, inspiradas no modelo de incorporação utilizado pelo mercado imobiliário. Para tanto, a companhia quer estreitar o relacionamento com investidores não qualificados de médio porte, como family offices.

Assim como a tecnologia fotovoltaica democratizou o acesso à autoprodução de energia, a empresa está certa de que a indústria de carros elétricos contribuirá para desenvolvimento do mercado de baterias e para a mudança de mindset do consumidor em relação a essas duas tecnologias.

A companhia tem uma carteira de 6 GW em projetos para geração centralizada em diferentes fases de desenvolvimento, alguns destes prontos para serem construídos. Ainda este ano a Araxá pretende retornar ao mercado de geração solar distribuída e lançar uma empresa de baterias, assim que chegar ao fim do período de não competição com Engie.

“Temos hoje um pipeline de projetos eólicos e solares em desenvolvimento e estamos construindo uma plataforma de geração distribuída para um futuro próximo, bem como uma empresa de baterias. A  gente está praticamente pronto para entrar no mercado com baterias, acreditando que é a próxima tendência do mercado de energia de modo geral”, disse Rodolfo Pinto, sócio diretor da Araxá Energia, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.

Trajetória

Para contar a história da Araxá Energia, é preciso lembrar que a empresa tem como principal negócio a construtora Seta Engenharia, fundada em 1982. Desde 2000, a empreiteira passou a atuar quase que exclusivamente no setor renovável, primeiro com a fonte hídrica – com mais de 25 usinas construídas -, passando por usinas eólicas e solares.

Atualmente, está construindo quase 800 MW de capacidade instalada para corporações como a Pátria Investimentos e a Enel Green Power. A construtora tem um faturamento anual de R$ 500 milhões.

A Araxá Solar foi criada em 2011, antes do mercado solar iniciar no Brasil, para prestar serviços de construção de usinas fotovoltaicas de grande escala e geração distribuída. Em 2016, montou uma joint venture com a Engie, que, por sua vez, comprou a divisão de geração distribuída. Desde agosto de 2018, quando ocorreu a venda, a empresa entrou em período de não competição e que está próximo do fim.

Em 2018 foi criada a PC Future, empresa de desenvolvimento de negócio.  Nessa primeira etapa, Araxá utilizará recursos próprios para desenvolver o modelo, mas a ideia é atrair investidores para acelerar o projeto, e mais à frente também realizar captações no mercado.

“Temos uma longa história de expertise tecnológico e agora vamos buscar uma plataforma robusta de investimento, diversificando a prestação de serviços, com desenvolvimento de projetos e investimentos em geração distribuída e baterias”, disse o executivo.

A ideia é oferecer ao mercado oportunidades de investimento customizadas.  “A gente consegue trazer um formato um pouco diferente do que é feito. Não estamos falando de trazer um sócio para empresa, mas criar um veículo de investimento”, explicou o diretor.

“A nossa visão é que a matriz elétrica brasileira vai ser fundamentalmente solar nos próximos 10 anos. Então esse é um projeto de médio e longo prazo. A gente acha que ainda tem uma grande competição com as eólicas, mas acho que rapidamente vai ter uma sobreposição da solar em termos de custo de energia gerada”, disse Rodolfo Pinto.

Baterias

Segundo o executivo, o mercado de baterias irá se desenvolver junto com a indústria do veículo elétrico. Além disso, avanços regulatórios como o PLD Horário e tarifa sazonal para o consumidor classe B também favorecem o uso das baterias.

Ele aponta que o modelo de negócio focará na venda de baterias urbanas para empresas e clientes finais. “Não sabemos exatamente o formato, mas a empresa vai ser lançada no segundo semestre e vamos ocupar um espaço parecido como a gente ocupou em 2012 quando criamos a Araxá Solar quando ainda não existia uma indústria de solar”, finalizou o executivo.