O Grupo Energisa registrou queda de 4,9% no consumo de energia elétrica dos mercados cativos e livre no segundo trimestre do ano, quando comparado com igual período em 2019. De acordo com a empresa, o consumo de 8.387,4 GWh no trimestre foi afetado principalmente pelas restrições trazidas pela pandemia e pelas temperaturas mais amenas no Centro-Sul e no Sudeste do Brasil.

A classe comercial teve a maior queda no consumo, de 19,1%, puxando o resultado para baixo em todas as distribuidoras do grupo no período.

A classe com melhor desempenho foi a Rural, que subiu 5,1% no período, com destaque para a distribuidoras do Mato Grosso (+ 7%) e Mato Grosso do Sul (+ 7,8%). O armazenamento de grãos impulsionou o consumo de eletricidade nas duas concessionárias. Também houve alta de 11,7% no Tocantins, devido ao maior dinamismo em torno da atividade de avicultura.

A outra classe que teve aumento no consumo, embora leve, foi a residencial, com alta de 0,6%. A subida veio puxada pelas distribuidoras de Rondônia e Tocantins, que cresceram cada uma 4,1% e Mato Grosso do Sul e Sul Sudeste, que subiram o consumo 1,8% e 2,4%, respectivamente. o aumento foi  reflexo de efeito calendário e clima mais seco.

Após três meses de queda, a classe industrial teve aumento de 0,5% no trimestre. A alta veio principalmente nas áreas de concessão da Energisa Mato Grosso, com aumento de 8,9%, Mato Grosso do Sul, que cresceu 14,1%, Tocantins, com alta de 5,6%  e Acre, com subida de 23,5%. As duas primeiras e a última se destacaram apoiadas pelo setor de alimentos, em linha com o aumento das exportações de proteína animal; enquanto no Tocantins o resultado veio baseado na atividade de minerais não metálicos, principalmente em torno da produção de cimento e calcário.

No semestre,  o consumo no mercado cativo e livre de 17.640,5 GWh do Grupo Energisa apresentou, no primeiro semestre de 2020, queda de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda no semestre foi causada, em grande parte, pelas classes comercial que recuou 9% e industrial, com queda de 4,9%.