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Depois de estruturar três fundos de investimentos e captar R$ 2 bilhões para a gestora de fundos estruturados Delta Energia Asset, o Grupo Delta agora se prepara para uma nova fase: ofertar fundos mais “democráticos”. O objetivo é atrair um volume maior de players interessados em aplicar recursos no setor elétrico brasileiro.
Segundo Luiz Fernando Leone Vianna, CEO da Delta Energia Asset Management, todos os produtos em estudo são atrelados ao mercado de energia elétrica e também não podem competir como os produtos que o grupo já têm. “O primeiro fundo está em fase de desinvestimento e isso pode abrir mais um espaço”, pontuou ele em entrevista à Agência CanalEnergia.
Vianna contou que a ideia é que os novos produtos sejam acessíveis a uma quantidade maior de investidores. Além disso, a ideia é também reunir recursos para financiar projetos greenfield no mercado livre de fontes solar e eólica.
Com 19 anos de atuação, o Grupo Delta Energia é uma das maiores tradings de commodities energéticas do país, negociando 5 mil MW médios por mês, o que corresponde a 8% do consumo nacional de energia.
O Grupo Delta Energia foi pioneiro ao unir o mercado financeiro ao setor de comercialização de energia. Criou o fundo fechado CSHG Delta Energia e captou R$ 1 bilhão em 2017. Ao longo desses últimos três anos criou mais dois fundos e hoje tem R$ 1,7 bilhão sob gestão da asset. O último fundo criado foi o Delta Energia Strategy, que em maio de 2019 captou R$ 800 milhões.
Os primeiros fundos, no entanto, eram mais pragmáticos e conservadores na tomada de risco. Têm como estratégia aplicar os recursos financeiros em atividades de pré-pagamento de energia e operações de trading direcional. No primeiro caso, a rentabilidade é extraída por meio de descontos aplicados na antecipação de recebíveis. O segundo utiliza toda a expertise da Delta para realizar trade de energia.
Porém, com o cenário de taxas de juros baixas e oferta de crédito farta, o Grupo Delta estuda estruturar fundos que permitam atrair um volume maior de investidores interessados em diversificar a carteira ativos. “A taxa de juros está caindo e os investidores são pressionados a alocar capital em outros lugares que tenham retorno um pouco maior. Muita gente está migrando para bolsa de valores e fundos de créditos”, explicou Carlos Reis, sócio da Delta Energia Asset Management.
“A gente foi pioneiro lá atrás. Vislumbramos trazer o mercado financeiro para participar do mercado de energia. E agora a gente quer continuar criando novos produtos que tenha um risco retorno interessante para o investidor”, completou o executivo.