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O grupo familiar Ferreira Costa, que atua com produtos para casa e construção na região Nordeste, tem planos para instalar sistemas de energia solar sobre o telhado de todas as suas oito lojas, sendo duas em construção nos estados de Pernambuco e no Rio Grande do Norte. Em maio, em plena pandemia de covid-19, a companhia centenária inaugurou a primeira etapa da usina fotovoltaica em João Pessoa, na Paraíba, na modalidade de geração distribuída, com 643 kWp. Um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões, que contou com a parceria da consultoria Trifase Energia e da Sun House Energias Renováveis, integradora oficial dos equipamentos WEG.
No entanto, o plano da empresa é migrar a usina solar para a modalidade de autoprodução até setembro e já estuda a ampliação da planta. Operando como agente do mercado livre, o grupo não só espera aumentar a competitividade do seu negócio, bem como deseja tornar a operação das lojas de home center economicamente mais eficientes e ambientalmente mais sustentáveis.
“Desligamos os nossos geradores a diesel quando mudamos para o mercado livre, que têm um grau de poluição muito elevado. Claro que através do ACL buscamos vantagens econômicas, mas a razão por fazer uma usina solar é ter o controle da energia que estamos consumindo, onde possamos afirmar que essa energia é nossa”, disse à Agência CanalEnergia Stephan Strauss, gerente de projetos corporativos, manutenção e reformas do Grupo Ferreira Costa.
Grupo quer se tornar 100% renovável
A usina de João Pessoa é apenas a ponta de um projeto muito mais ambicioso, que pode alcançar 11 MWp de capacidade instalada. A pandemia e suas repercussões na economia, no entanto, devem afetar o cronograma inicialmente planejado pela Ferreira Costa. “São grandes investimentos e há muita incerteza no mercado”, reconheceu o executivo.
Em dois meses de operação, a usina solar da Ferreira Costa proporcionou uma economia de mais de R$ 87 mil, disse Matheus Pedrosa, sócio da Sun House. O projeto foi construído em uma área de 6.200 metros quadrados. A planta conta com 1.590 módulos produzidos pela Trina Solar, de 405 Wp cada. Além de nove inversores, sistema de monitoramento, estação meteorológica e estações de carregamento. A usina foi pensada para atender 35% do consumo de energia elétrica da loja.
“Nossa missão é atender a essa necessidade de transformar a matriz elétrica brasileira e elevar a energia solar ao topo da matriz energética”, disse Pedrosa, que também conversou com a reportagem.
O grupo Ferreira Costa possui um consumo anual de 1,7 MW médios e desde 2013 migrou para o mercado livre na modalidade de consumidor especial. Atualmente, disse Strauss, 98% de energia elétrica consumida pela empresa é proveniente de fontes renováveis. A usina solar da Paraíba atende a cerca de 7,5% do consumo total do grupo.
Strauss disse que a meta do grupo é tornar as operações do grupo Ferreira Costa 100% sustentáveis. “Em determinados momentos vamos ter energia para exportar, que podemos como autoprodutor aplicar em outras lojas dentro do mesmo submercado”, explicou ele sobre a estratégia.
Nota da Redação: Matéria atualizada às 19:10 horas do dia 05 de agosto de 2020 para correção de informações. No primeiro parágrafo as duas lojas em construção são dos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte; No segundo parágrafo a empresa quer migrar para ser autoprodutor de energia; No terceiro informa que os geradores já foram desligados quando mudaram do mercado cativo para livre em 2013.