A Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, foi designada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para levar eletricidade às comunidades remotas do estado do Amapá, como parte do Programa Mais Luz para Amazônia, lançado pelo Governo Federal em fevereiro.
A cerimônia realizada nesta quarta-feira, 5 de agosto, contou com as presenças do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), do chefe do MME, Bento Albuquerque, do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do diretor-presidente da Eletronorte, Roberto Parucker.
O Programa Mais Luz para a Amazônia consiste em levar acesso a energia elétrica para 70 mil famílias que vivem em áreas remotas da Amazônia Legal. Em sete anos, a previsão é que sejam investidos R$ 2,4 bilhões, beneficiando 300 mil brasileiros em regiões isoladas.
Segundo o secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp, a primeira fase do programa está em andamento, com a identificação dos consumidores. A segunda fase consiste em assinar os contratos com as distribuidoras para a realização das obras. A previsão é que esses contratos sejam assinados ainda em 2020 para que as primeiras obras sejam entregues no início de 2021.
“Hoje é mais uma etapa para que a gente consiga levar energia renovável e limpa para essas comunidades, principalmente a fonte solar, que está alinhada com o projeto do Governo de desenvolvimento da fonte e aproveitamento do nosso enorme potencial que temos no país”, disse Limp.
A Eletronorte ficará responsável pela execução das obras no estado do Amapá, reduto eleitoral do presidente do Senado. Alcolumbre reforçou o simbolismo da presença do presidente da República no evento realizado na sede do MME em Brasília e transmitido ao vivo pela internet.
“A presença de vossa excelência, presidente Bolsonaro, é um sinal de respeito e de prestígio a este parlamentar, a este congressista, que tem se dedicado a diminuir as desigualdades, pacificar o Brasil e darmos as condições para os brasileiros terem um futuro promissor”, disse Alcolumbre.
Bolsonaro, por sua vez, parabenizou a iniciativa. “Vejo vocês levando energia elétrica, em grande parte solar. Isso realmente não tem preço para essas pessoas. O Brasil é grande e tem muitos desafios pela frente. Serão mais de 300 mil pessoas atingidas com o programa.”
Arquipélago do Bailique
O projeto inicial da Eletronorte visa atender aos moradores do Arquipélago do Bailique: um conjunto de oito grandes ilhas no leste do Amapá, distante cerca de 160 km da capital Macapá. Lá vivem 43 comunidades, cerca de 10 mil habitantes. Embora não tenha detalhado o projeto, a previsão é investir R$ 80 milhões na instalação de painéis solares e cabeamentos subaquáticos.
“Quando a energia chega a uma comunidade ela transforma a vida das pessoas, significa mais oportunidades para geração de renda, educação, incremento da economia local e cidadania”, disse Parucker. “Para Eletronorte, é motivo de muito orgulho fazer parte parte desse projeto que vai atender às comunidades da Amazônia”, completou o presidente da Eletronorte.