As tarifas da Equatorial Pará (antiga Celpa) ficarão em média 2,68% mais caras a partir de sexta-feira, 7 de agosto. O efeito médio a ser percebido por clientes de grande porte conectados em alta tensão é de 0,44%, enquanto os consumidores em baixa tensão perceberão um aumento de 3,29%.
O impacto tarifário do reajuste anual da distribuidora poderia chegar a 8,71%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, mas foi amortecido com a entrada de recursos da Conta Covid. O empréstimo possibilitou a retirada da tarifa de R$ 285,6 milhões (6,03%) em componentes financeiros que seriam pagos pelo consumidor nos próximos 12 meses.
Outro fator que também contribuiu para um reajuste menor foi a retirada da tarifa da previsão de risco hidrológico, que representaria um valor adicional de R$ 162,9 milhões. Com isso, o peso do custo financeiro foi reduzido em 3,44%. Esse valor será considerado no processo tarifário de 2021.
Os custos de transmissão tiveram a maior participação no reajuste da empresa, com 4,51%; seguido da distribuição, com 3,89%. A compra de energia representou 1,08% e os encargos setoriais 0,30%. O índice final também reflete a retirada 1,54% em componentes financeiros nos próximos 12 meses e o fim da cobrança 5,56% em financeiros do ultimo ciclo tarifário.
A Equatorial atende cerca de 2,7 milhões de unidades consumidoras (8,6 milhões de habitantes) nos 144 municípios do Pará, e tem faturamento anual da ordem de R$ 4,7 bilhões. Com o reajuste, a empresa assume a primeira posição no ranking das tarifas mais caras do país.