A Taesa avalia todos os lotes que estarão em disputa no leilão de transmissão agendado para 7 de dezembro. Em teleconferência ao mercado nessa quinta-feira, 13 de agosto, o diretor de Negócios e Gestão de Participações da Taesa, Marcus Vinicius, afirmou que o apetite da companhia dependerá da capacidade de balanço levando em consideração o desembolso do capex a partir do segundo para terceiro ano dos projetos, mais próximo da entrega para operação comercial. O executivo comentou que a transmissora tem considerado também possíveis parcerias para o certame, algumas já em execução e outras ainda em análise.
Sobre o item publicado recentemente pela Aneel para redução da quantidade dos lotes e da relação RAP X Capex, Marcus entende que isso irá demandar uma maior preocupação das empresas, que deverão empreender estudos mais detalhados e profundos para suas participações. “Com a impossibilidade de vender os lotes ainda em construção, acreditamos que o número vai diminuir mas a competição continuará acirrada”, prevê.
O diretor também disse que tem notado novas oportunidades no mercado de fusões e aquisições em meio à disseminação do coronavírus e que cada caso está sendo avaliado, indicando que a companhia poderá anunciar em breve um pacote de movimentações. “Achamos que a pandemia pode aumentar a mudança de posição de alguns investidores quanto a novos negócios. Temos alguns projetos em estudo e brevemente teremos mais notícias sobre as aquisições que fizerem sentido”, comenta.
Perguntado sobre o índice de alavancagem, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Fábio Fernandes diz que trabalha com a estimativa de que o índice sofra uma elevação até o final desse ano. Mas avalia que em 2021 haja uma rápida desaceleração fazendo com que a alavancagem venha a reduzir, em razão da entrada em operação dos projetos de Janaúba e Santana.
Quanto a redução da RAP, ele atribui os próximos passos às reduções de empresas menores, não muito significativas, e que serão diluídas ao longo dos três próximos ciclos. Isso será compensado pela correção da inflação nas demais receitas das outras companhias bem como com a entrada dos novos projetos a partir do ano que vem. “Dentro desse contexto, a redução deve ser absorvida por esses fatores, com a capacidade de dividendos não sendo diretamente afetada por esse recuo”, finaliza.