A agência de classificação Fitch Ratings afirmou os ratings de inadimplência de Longo Prazo da Taesa em Moeda Estrangeira e Local ‘BB’ e ‘BBB-‘, assim como o rating ‘AAA(bra)’ para a companhia e suas emissões de debêntures seniores e sem garantia. A Perspectiva das duas primeiras avaliações é Negativa, enquanto a Nacional é Estável.

Para a agência, a análise reflete o baixo risco de negócio em virtude de sua forte e diversificada carteira de ativos de transmissão de energia, com receitas previsíveis, margens operacionais elevadas e robusta geração de fluxo de caixa das operações (CFFO), proveniente de contratos de concessão de longo prazo no Brasil.

Além disso, nenhuma das 39 concessões das quais a transmissora participa expira antes de 2030, o que garante sustentabilidade às suas operações, devendo manter também um perfil de liquidez adequado e baixa alavancagem para o setor, apesar de um pico em 2020, devido a maiores investimentos e a pagamentos de dividendos significativos, que devem resultar em fluxo de caixa livre (FCF) negativo no ano.

Segundo o parecer, o rating internacional é limitado pelo Teto-país ‘BB’ do Brasil, uma vez que a empresa gera todas as suas receitas em moeda local, em reais, e não possui caixa nem linhas de crédito compromissadas no exterior. A Fitch também considera adequada a diferença de três graus entre o IDR em Moeda Local da empresa e o rating soberano, devido à sua natureza de prestadora de um serviço regulado.

A agência afirmou ainda não estimar qualquer mudança significativa no perfil de risco das transmissoras no país e acredita que a Taesa será capaz de fortalecer sua já diversificada base de ativos com os investimentos em curso, enquanto mantém sólido perfil financeiro frente a seus pares latino-americanos do setor na mesma categoria de rating, o que também sustenta a Perspectiva Estável do Rating Nacional de Longo Prazo.