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A Araxá Energia Solar finalizou o período de non-compete com a Engie na semana passada e já tem planos concretos para voltar a investir em geração solar distribuída. Segundo Rodolfo Pinto, CEO da empresa, o plano de negócios prevê investir R$ 450 milhões na construção de 150 MW de capacidade instalada na modalidade de geração remota até o final de 2022.
O modelo de negócio de geração remota para locação, caracterizada por usinas entre 1 e 5 MW de capacidade instalada, tem se mostrado promissor dentro do mercado de energia solar. Nesse modelo de negócio, o cliente pode se beneficiar de descontos na tarifa de energia sem precisar construir sua própria usina fotovoltaica.
Os primeiros 5 MW têm planos para iniciar a construção em janeiro de 2021, com investimentos estimados entre R$ 15 e R$ 20 milhões, a serem realizados com capital próprio da Araxá Energia.
Neste momento, a empresa busca consumidores para consolidar o negócio, focado em clientes comerciais na baixa tensão.”A gente encontrou um espaço para ser ocupado que é essa estrutura de geração remota e compartilhada”, disse o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia.
Araxá Energia Solar é uma empresa da construtora Seta Engenharia, fundada em 1982. A Araxá foi criada em 2011 para prestar serviços de construção de usinas fotovoltaicas de grande escala e geração distribuída. A Engie entrou no negócio em 2016. Desde agosto de 2018, quando ocorreu a venda completa do negócio de GD para Engie, a empresa entrou em período de não competição.
Para financiar o pacote de investimentos de R$ 450 milhões, a estratégia da companhia é atrair family offices, caracterizado por investidores profissionais de médio porte capazes de aplicar milhões de reais em troca de taxas de retornos atrativas.
“Enxergamos que temos uma vantagem pela a Araxá ser uma empresa muito experiente no negócio de energia solar, com capacidade de avaliar projeto, desenvolver, construir e operar os projetos”, disse o executivo chefe da companhia.
A Seta Engenharia está construindo quase 800 MW de capacidade instalada para corporações como a Pátria Investimentos e a Enel Green Power. A construtora tem um faturamento anual de R$ 500 milhões.
Além do negócio de geração centralizada, a Araxá tem uma carteira de 6 GW em projetos para geração centralizada em diferentes fases de desenvolvimento, alguns destes prontos para serem construídos.
Novo negócio
A Araxá terá em seu guarda-chuva a empresa MOBs, voltada ao negócio de baterias para armazenamento de energia tanto para uso residencial quanto automotivo, industrial e comercial. Inicialmente, os esforços estarão concentrados no desenvolvimento de estruturas de carregamentos para veículos elétricos.
“Estamos buscando resolver os problemas de potenciais clientes que pagam energia na ponta muito cara. Construir soluções que possam permitir uma redução do contrato demanda, redução da demanda de ponta ou substituir o gerador a diesel por sistemas de baterias e energia solar”, explicou Rodolfo Pinto, que garante que o negócio de baterias já de mostra economicamente viável para algumas aplicações.
A empresa pretende construir os primeiros projetos no norte de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A segunda fase de investimentos deve contemplar São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.