A Joint Venture formada pela Votorantim Energia e o fundo canadense Canada Pension Plan Investment Board avança na construção de um dos maiores clusters de energia renovável do Brasil. A empresa assinou um contrato com a Vestas, líder global na produção de turbinas eólicas, para o fornecimento de 93 aerogeradores de última geração e serviços de manutenção para os complexos Ventos do Piauí II e Ventos do Piauí III, até 2040. Os empreendimentos terão uma potência instalada de 409,2 MW.
Os novos complexos eólicos, localizados na Serra do Inácio, região entre os estados do Piauí e Pernambuco, fazem parte do plano de investimentos da JV em ativos de energia renovável. A construção começa no primeiro trimestre de 2021, com início da operação previsto para 2022. Quando estiverem prontos, elevarão a capacidade instalada da JV para aproximadamente 1 GW na região, que engloba também os complexos Ventos do Piauí I e Ventos do Araripe III, já em operação.
Os aerogeradores adquiridos pela empresa, serão produzidos na fábrica da Vestas, localizada na cidade de Aquiraz (CE), e começam a ser entregues a partir do segundo semestre de 2021. Para Eric Gomes, diretor de Vendas da Vestas no Brasil, as turbinas que serão fornecidas são o símbolo do que há de mais moderno e inovador no setor eólico brasileiro, tendo uma plataforma com tecnologia que vem sendo aprimorada e comprovada ao longo de dez anos. Ainda segundo ele, o projeto mostra não só a confiança da Votorantim Energia na excelência do trabalho da Vestas, mas também uma visão compartilhada de futuro sustentável.
Desde 2017, a Votorantim Energia tem investido em estudos de geração de energia solar na mesma região do complexo eólico Ventos do Piauí I, para analisar as vantagens da combinação das fontes, em um projeto híbrido, contribuindo com os avanços da regulação para este tipo de iniciativa. Os complexos Ventos do Piauí II e Ventos do Piauí III foram projetados contemplando uma possível futura expansão com geração de energia solar. De acordo com Fabio Zanfelice, a estratégia de inovação está orientada na antecipação de tendências do setor e na construção de soluções robustas que explorem as externalidades positivas e agreguem maior eficiência energética. Segundo ele, os projetos já nascem preparados para aproveitar o potencial combinado da força dos ventos com a energia do sol, que são complementares nessa região.