A UTE Jaguatirica II, que está sendo construída pela Eneva em Boa Vista (RR), recebeu três geradores e três turbinas, sendo uma a vapor e duas a gás, dentre outros equipamentos de grande porte da segunda fase das obras. O empreendimento faz parte do projeto integrado Azulão-Jaguatirica II, vencedor do leilão de 2019 da Agência Nacional de Energia Elétrica. Com investimento de R$ 1,9 bilhão, o projeto vai produzir gás natural na Bacia do Amazonas, em Silves (AM), para abastecer a UTE que vai gerar energia para Roraima.
As obras de fundações dos principais equipamentos já estão concluídas e a construção civil prossegue, com a edificação do prédio elétrico, prédio da oficina de manutenção e do setor administrativo, e também a drenagem e montagem dos tanques de armazenamento de água. Além dos três geradores e das três turbinas, já estão na planta da UTE 168 isotanques, que serão usados para armazenar o gás natural liquefeito. Ainda estão previstas para chegar à UTE em setembro as caldeiras e partes do aerocondensador, complementando os equipamentos principais nesta fase da obra.
Atualmente, cerca de 880 trabalhadores atuam no canteiro de obras e a previsão é ter 1.200 funcionários no pico das obras. De acordo com o diretor de Operações da Eneva, Lino Cançado, a empresa está adotando um conjunto de ações com diversos fornecedores para assegurar desvios mínimos ao cronograma de execução do projeto integrado Azulão-Jaguatirica II. Segundo Cançado, as obras estão seguindo com a implementação de um protocolo de combate a Covid-19, adequado à severidade da pandemia em cada região, considerando as recomendações dos órgãos oficiais de saúde nacionais e internacionais. Entre várias medidas adotadas, ela realizou teste continuamente para garantir que somente funcionários aptos trabalhem nos canteiros das obras.
Com previsão de iniciar as operações a partir da segunda metade de 2021, a UTE vai atender 70% do consumo de energia elétrica do estado, o que permitirá o desligamento da capacidade de geração a diesel, com consequente redução de custos de geração e de emissões. A expectativa é reduzir as emissões de CO2 em 35% em Roraima, o que representa 180 mil ton/ano a menos de CO2 lançados na atmosfera. As emissões de NOx serão reduzidas em 99%. Espera-se ainda redução no custo de geração do Sistema Isolado de Roraima, único estado da federação fora do sistema elétrico integrado do país.
A Eneva já iniciou a seleção e treinamento de profissionais locais que integrarão a equipe de operação da UTE Jaguatirica II a partir da segunda metade de 2021. O programa inclui cursos profissionalizantes ministrados em parceria com instituição de ensino do Estado, seguidos de um período de estágio em outras plantas da empresa antes do início das atividades da UTE.