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A entrada em operação de testes nesta semana das unidades UG1 e UG2, de 7,9 MW cada, da PCH Tamboril , em Goiás, mostra mais avanço da Tradener na geração de energia. A empresa – que é pioneira na comercialização no mercado livre, por ter assinado o primeiro contrato do ACL – investiu cerca de R$ 150 milhões próprios na usina, que foi viabilizada em leilão de reserva. De acordo com Walfrido Ávila, presidente da Tradener, a conclusão da PCH demonstra a capacidade da empresa em investir nessa área. “O investimento mostra que a Tradener está capacitada para gerir a construção de geração própria. Mostra que o investidor brasileiro existe, confia no governo e no Brasil”, explica.
Ainda de acordo com Ávila, a Tradener possui projetos de uma eólica de 80 MW na Bahia, que será inaugurada em 2021 e de três PCHs no rio São Bartolomeu, o mesmo em que fica Tamboril: Gameleira (14 MW), São Bartolomeu (12 MW) e Salgado (16 MW), que começam a ser construídas ano que vem. Além de outra eólica no Nordeste, a empresa já tem uma PCH em Santa Catarina de 10 MW em parceria com a Celesc. “Hoje estamos nos colocando como um gerador agregador, que é no que a gente acha que pode contribuir com a sociedade, o sistema para atender o mercado livre de forma mais racional”, avisa Ávila.
Ele lamenta que novas PCHs sejam menos competitivas que eólicas e plantas solares. Segundo Ávila, a PCH se faz em áreas pequenas e o seus eventuais impactos podem ser mitigados, enquanto as outras renováveis ocupam terrenos muito maiores que as pequenas hídricas. A cadeia industrial nacional que atende PCHs e CGHs é outro atrativo citado pelo presidente da Tradener.
Ávila vê sinais de volta do mercado de energia, com a Tradener voltando aos patamares de março. Segundo ele, o mercado sempre tinha uma queda nos meses de março até o fim de setembro, quando voltava a crescer. “Agora já estamos acima de março, não crescemos, mas recuperamos uma grande parte perdida no mercado de energia”, aponta. Essa recuperação vem na esteira da volta das atividades de fábricas, indústrias, comércios e escritórios. “O consumo está voltando, vamos torcer para que o Brasil volte logo e volte melhor, até mais organizado”, avisa.
Com atuação na exportação de energia para a Argentina desde 2006, a Tradener está participando da consulta pública aberta pelo Ministério de Mina e Energia no fim de julho. Walfrido Ávila quer que o processo seja mais simplificado e abrangendo mais fontes, de modo que traga benefícios para o mercado brasileiro.
(Nota da Redação: título alterado às 10:45 horas do dia 03 de setembro de 2020 para melhor adequação ao texto)