Reive Barros já não é mais secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético. O executivo pediu exoneração do cargo com validade a partir do dia 1 de setembro. O motivo, segundo o próprio, decorre do momento que o país vem passando quanto a pandemia de covid-19 e por uma necessidade de ficar próximo à família, que mora em Recife e não em Brasília. Por essa razão, ele avaliou os prós e contras de morar na capital federal por conta das atividades no Ministério de Minas e Energia ante voltar para a sua cidade natal. Com isso, apresentou ao ministro Bento Albuquerque a decisão de deixar a função no ministério.
Agora Reive Barros, que também já foi diretor na Agência Nacional de Energia Elétrica, presidente da EPE e atuou na Chesf, entre outras funções, cumprirá a quarentena obrigatória para quem deixa um cargo desse nível no governo federal, mas não destaca seu retorno ao setor elétrico. Contudo, isso deverá ocorrer apenas no primeiro trimestre de 2021. “Conversei com o ministro no início de agosto e que ficaria por mais 30 dias e compreendeu minha posição”, comentou Barros à Agência CanalEnergia. “Não saio com a sensação de dever cumprido, até porque as questões sensíveis do setor começam a acontecer agora. Esse é um processo, agora estou em Recife para me isolar e entrar em quarentena, quando as condições melhorarem pretendo voltar ao setor elétrico”, apontou.
De sua residência na capital pernambucana, Barros disse que ainda não avalia em qual segmento pretende retornar. Até porque, destacou, ele possui informações e que precisa cumprir o prazo legal para se afastar do setor. Mas que avaliará as eventuais propostas que poderá receber após o período de 180 dias que deixará de atuar. “Não será um adeus ao setor, mas um até breve”, sinalizou ele que ressaltou ainda que possui diversos contatos tanto no setor privado quanto no público, e que qualquer uma das áreas poderia ser um caminho.
Barros negou que haja relação entre a divulgação de sua saída e a divulgação da MP 998 publicada pelo governo federal. Classificou esse fato como uma coincidência, pois a sua decisão já tinha sido tomada durante o período de quarentena por conta da pandemia de covid-19.