A Siemens Energy apresentou na última quarta-feira (02) sua estratégia pós spin-off, em que busca um crescimento lucrativo acelerado por meio de sua independência corporativa e depois de atingir uma margem EBITA ajustada entre 6,5% a 8,5% para o exercício fiscal de 2023. Em nota, o empenho da diretoria executiva foi resumido em impulsionar a excelência operacional, ajustar o portfólio para atender à demanda do mercado e gradualmente mudar o foco de inovação e P&D para sustentabilidade e serviço.

“A separação do negócio de energia é um marco importante para implementar nosso conceito estratégico Visão 2020+. Criamos uma empresa independente, com uma marca forte que nos equipara a liderar a transformação de energia global de uma forma sustentável e economicamente viável”, declarou o CEO da Siemens AG, Joe Kaeser.

A nova Siemens AG, segundo o comunicado, por sua vez, se tornará uma empresa transparente e significativamente isenta de riscos, informa, afirmando que a companhia terá seus principais focos em Digital Industries, Smart Infrastructure e Mobility, desenvolvendo a chamada Indústria 4.0.

A independência da área de energia da multinacional acontecerá em um momento caracterizado por mudanças fundamentais nos sistemas de energia global, em que cerca de 850 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à eletricidade, para uma demanda que só aumentará nos próximos anos. “A questão é como transformar essa lacuna em um suprimento de energia acessível, confiável e sustentável, o que não acontece da noite para o dia”, disse Christian Bruch, presidente e CEO da Siemens Energy.

Segundo ele, é preciso coragem para encontrar soluções temporárias que tornem as empresas melhores a cada dia, com base em tecnologias disponíveis, eficiência e uso de combustíveis limpos, ao mesmo tempo em que é fundamental continuar a usar tecnologias inovadoras para garantir a evolução a soluções intermediárias.

O portfólio da companhia inclui produtos que dialogam com a transição, como usinas híbridas e turbinas a gás que podem ser operadas com hidrogênio. Há também a parte de energia eólica e investimentos na economia do hidrogênio verde, além de transmissão. Numa primeira fase, a empresa afirmou que está avaliando uma estrutura de custos mais enxuta, logística otimizada, compras centralizadas e redução dos custos de não conformidades para a área de gás. Outra alavanca no segmento será um foco rigoroso na seleção de projetos e melhor execução.

A organização também está avaliando iniciativas de excelência operacional visando mais de 300 milhões de euros adicionais de economia de custo global bruto anual, acima da meta de economia já anunciada de 1 bilhão de euros até 2023, comparada à base de custos do exercício fiscal de 2018.