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O Conselho de Administração de Defesa Econômica aprovou nesta segunda-feira, 8 de setembro, a compra pela Omega Geração daa  Santa Vitória do Palmar Holding, Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e  Chuí IX, que integram o complexo eólico Chuí, da Eletrobras. A operação consolida a Omega como uma das maiores operadoras de renováveis no país, com cerca de 2 GW em ativos renováveis. Ela já havia anunciado outras compras de eólicas, como Assuruá III e Ventos da Bahia 1 e 2.  No início do mês, a empresa anunciou uma oferta de ações que pode levantar até R$ 897 milhões, em que os recursos vão ser usados para aquisições de ativos. Em entrevista à Agência CanalEnergia, Antonio Bastos, CEO da Omega Geração, conta que apesar do apetite para compras, a empresa não descarta a implantação de projetos, mas que o momento do mercado é quem define.

“Tem momentos que o mercado oferece oportunidade para compra de ativos operacionais e tem momentos que faz mais sentido fazer desenvolvimento novo. Mas continuam os dois negócios ativos e procurando oportunidades”, afirma.

O executivo elogiou o direcionamento dado pelo governo com a publicação da Medida Provisória 998. A MP prevê o fim dos descontos para renováveis, o que para ele faz sentido, por ela já alcançarem os preços mais baixos. Ainda de acordo com ele, faltou incluir a Geração Distribuída e Autoprodução no conteúdo da MP. “Tem que ser um mercado sem subsídio para ninguém e a competição entre elas vai levar a uma queda de preços para o consumidor”, explica.

A empresa também possui mais de 80 MW em PCHs nos estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Embora ela tenha direcionado seus últimos movimentos de expansão para eólicas e solares, a Omega não desistiu da fonte. Porém, Bastos lembra que essas hídricas têm dificuldade em escala por serem pequenas e a companhia presa apenas por projetos sustentáveis. “Se conseguíssemos ter uma região com 20 PCHs sustentáveis, faríamos”, avisa. O impacto da pandemia foi pequeno nos negócios da empresa, pelo fato dela ter muitos parques contratados e realizado boas renegociações com clientes no ambiente livre.

A  implantação de parques híbridos, contendo mais de uma fonte limpa, também poderia ser uma frente de negócios para a Omega, mas a falta de uma regra específica para esse produto inibe projetos de mercado dessa categoria. “Adoramos a ideia, mas tem que avançar na regulação para que isso seja mais viável, mas sem dúvida nenhuma é algo que vamos lidar”, observa.