A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE realizou um estudo sobre o custo final das fontes renováveis. O resultado evidenciou a geração eólica como sendo a mais barata entre 2015 e 2019. O objetivo do estudo é apresentar o custo final da energia produzida por essas fontes para os consumidores, levando-se em conta dados disponíveis na CCEE e também diretrizes estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A CCEE vai divulgar todo ano o relatório sobre o custo das renováveis. Sugestões de inclusão, metodologia ou informações podem ser encaminhadas pelo e-mail atendimento@ccee.org.br. Os documentos e a nota técnica relacionados aos critérios adotados no estudo estão disponíveis neste link.

Foram avaliados os valores atrelados à produção das usinas eólicas, solares, térmicas a biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas, considerando os custos médios dos leilões, despacho de usinas termelétricas, controle secundário de frequência, superávit/déficit de energia no Mecanismo de Realocação de Energia, deslocamento de geração hidrelétrica e repactuação do risco hidrológico. Os valores apurados no levantamento consideraram os resultados dos processos de comercialização de energia elétrica dos 5 anos analisados, que estavam disponíveis em 14 de fevereiro de 2020, atualizados pelo IPCA-IBGE até o mês de referência de abril de 2020.


Fonte: CCEE

As usinas eólicas apresentaram os menores custos nos últimos cinco anos em decorrência dos preços mais baixos praticados nos leilões de contratação, apesar dos valores adicionais da fonte, como o custo de despacho de termelétricas e controle secundário de frequência em decorrência da sua geração intermitente. Em 2016 foi registrado o maior custo, de R$ 230,9/MWh, visto que houve um adicional de 25% decorrente do acionamento de térmicas.

A segunda fonte mais barata foi a térmica a biomassa, que tem seu custo caracterizado exclusivamente pela contratação dos leilões, cujo preço médio foi de R$ 253,5/MWh. Em terceiro lugar destacam-se as PCHs, que apesar de ter valores menores nos certames, terminaram com o custo final mais elevado por conta do déficit hídrico, como apresentado em 2017, em que houve o acréscimo de 39,5% em virtude da repactuação do custo hidrológico e 21% decorrente do déficit de energia no MRE aos valores dos leilões, conforme gráfico abaixo. Por último, a geração solar ainda apresenta o custo mais elevado, já que as usinas em operação foram as primeiras contratadas em leilões a preços elevados.