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Em cerca de 15 dias a Cemig SIM completará seu primeiro ano operacional. A empresa subsidiária da estatal mineira está colocando em prática um plano de investimentos de R$ 100 milhões esse ano, mesmo com o cenário de pandemia, que deverá ser completado até novembro. E a perspectiva da empresa, que é o resultado da união de duas outras empresas do grupo mineiro – a Efficientia e a Cemig GD – é de que em 2021 esse nível de aporte seja mantido.
De acordo com Danilo Gusmão, CEO da Cemig SIM, o portfólio de usinas em operação soma 30 MW de potência instalada, todas por meio da fonte solar fotovoltaica. A previsão é de que em mais 60 dias outras cinco plantas que somam mais 21,5 MW fiquem prontas. Serão mais três de 5 MW uma de 2,5 MW e outra de 2 MW de potência. A empresa está finalizado o processo de due dilligence necessário para a assinatura da aquisição nessas usinas enquanto entram em sua fase final de construção. Todas as plantas estão localizadas em Minas Gerais.
Em entrevista à Agência CanalEnergia, Gusmão conta que o modelo adotado desde o início pela companhia é a de ter 49% de participação acionária nas usinas em que investe em sociedade com um ou mais sócios que desenvolveram o projeto e são os responsáveis pela construção do empreendimento. No início o desenvolvimento do negócio da subsidiária deu-se por meio de uma chamada pública e depois pela aquisição de participação minoritária.
“Antes de iniciarmos a operação como Cemig SIM já tínhamos um portfólio que veio dessas duas empresas. O nosso desafio era o de modernizar a atuação nesses segmentos de mercado”, define ele. “Revisitamos a estratégia de marketing e de digital para acelerar os resultados comerciais e hoje estamos com cerca de 85% da energia alocada”, explica ele.
Apesar desse índice, diz Gusmão, a expectativa inicial da empresa era de de chegar em agosto com toda a alocação dessa energia no mercado. Acontece que a pandemia desacelerou esse processo. Naturalmente, explica ele, os segmentos que mais sentiram os efeitos foram o comercial e o industrial, os alvos da Cemig SIM. Mas ele se mostra otimista.
Começamos a notar uma melhoria na demanda por cotas de geração distribuída solar, movimento que desacelerou por conta da pandemia de covid-19
Danilo Gusmão, da Cemig SIM
“Já começamos a notar uma melhoria de ambiente no mercado com aumento da procura ao ponto de quando as usinas estiverem operacionais toda a energia das usinas esteja sob contrato”, relata ele. E para o ano que vem, conta Gusmão, a empresa estima investimento em nível semelhante ao de 2020, algo na casa de R$ 100 milhões. Em termos de capacidade instalada, o CEO explica que deverá ficar nesse mesmo patamar de 49% de participação em usinas que somam na casa de 50 MW de potência.
Isso porque apesar da elevação da cotação do dólar ante o real houve uma queda dos preços dos equipamentos que não compensou totalmente o aumento da moeda norte americana, mas mitigou parcialmente seus efeitos.
“Para os projetos deste ano não houve impacto pois tudo estava comprado já e não afetará a rentabilidade. Já para o próximo ano é claro que essa questão nos preocupa, mas a redução de preços dos equipamentos e o nível de oferta de diferentes fornecedores ajudou, não equilibrou a equação, mas não elevou os custos para um mesmo volume de usinas”, relata.
No primeiro ano o foco estava no segmento comercial e industrial, que ainda serão responsáveis por uma importante parcela da receita da empresa. E, continua ele, para essa segunda onda de investimentos a ideia é de manter o atendimento a essas classes de consumo, mas abrir à possibilidade de consumidores pessoa física também serem atendidos pela empresa.
No geral a geração distribuída deverá ser a responsável por 60% da receita e as atividades de eficiência energética, herdadas da junção da Efficientia, por outros 40% sendo que esse percentual pode ser dividido ainda com biogás, um segmento de nicho que ainda está em seu período embrionário dentro da companhia.