A oferta de bioeletricidade para o sistema elétrico somou 17.443 GWh nos oito primeiros meses de 2020. Segundo dados da Unica, esse volume representa um aumento de 4% em relação a igual período em 2019 e seria o suficiente para atender 10,4% do consumo industrial de energia elétrica do país durante todo o ano passado ou 9 milhões de unidades residenciais.
Considerando apenas o mês de agosto/20, a bioeletricidade ofertada para o SIN foi de 3.159 GWh, uma retração de 9% em relação a agosto do ano passado. Contudo, ressalta a entidade, essa geração foi quase sete vezes superior à geração pelo carvão mineral no último mês e 1,4 vez superior à geração total pelas térmicas a gás no país em agosto de 2020.
No acumulado de janeiro a julho, 89% do total da bioeletricidade para a rede esteve concentrada em cinco estados. A maior representação é de São Paulo com 45%, com 6.398 GWh, expansão de 9% ante 2019. Depois vem Mato Grosso do Sul com 14%, Minas Gerais com 12%, Goiás foi responsável por 11% e o Paraná por 7%.
Até julho a bioeletricidade ofertada para a rede pelo setor sucroenergético foi 11.339 GWh, alta de 4% em relação à igual período em 2019). De acordo com a Unica, é estimado que essa energia tenha evitado a emissão de 3,8 milhões de toneladas de CO2. E ainda, 73% desse valor, foram ofertados entre maio e julho, meses que compõem o período seco para o setor elétrico brasileiro. Nos cálculos da entidade é um volume que equivale a ter poupado 8% da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste.
Na safra sucroenergética 2010/11, cada tonelada de cana-de-açúcar processada resultou em um total de 36 kWh em média no país. Já na safra 2019/20, esse mesmo indicador foi 57,3 kWh, um crescimento de quase 60% no período decenal para esse indicador.