A China domina o ranking da BloombergNEF (BNEF) sobre a cadeia de suprimentos de baterias de lítio em 2020. Ultrapassou Japão e Coreia, que eram os líderes da década anterior. Esse resultado vem da demanda interna por estas baterias, 72GWh, e do controle de 80% do refino de matérias-primas do mundo, de 77% da capacidade celular do mundo e de 60% da fabricação de componentes.
Em 2020, Japão e Coreia ocuparam, respectivamente, as posições 2 e 3 no ranking. Ambos os países são líderes na fabricação de baterias e componentes, porém não têm a mesma influência da China no refino e mineração de matérias-primas. Entretanto, explica a BNEF, ainda que Japão e Coreia percam para a China no controle da cadeia de suprimentos de matérias-primas, conseguem compensar esta diferença com os chamados scores ambientais e de RII (regulação, inovação e infraestrutura) mais altos em relação aos do país líder.
O Brasil aparece no meio da tabela, na 12ª colocação, ao lado da Polônia e Hungria. Logo abaixo da Austrália e perde nas Américas para os Estados Unidos e Canadá, que aparecem em 6º e 4º lugares, respectivamente. Foram avaliados 25 países.
Segundo James Frith, chefe de armazenamento de energia da BNEF, o domínio da China no setor era esperado, considerando os grandes investimentos e as políticas que o país implementou na última década. Já no próximo período de 10 anos ele classificou como interessante, pois Europa e EUA tentam desenvolver seus próprios ‘campeões’ em baterias para desafiar os asiáticos,  que já vem construindo capacidade em ambos os lugares.
O ranking da cadeia de suprimentos de baterias de lítio da BNEF analisa a posição de um país em 2020 e aponta sua provável colocação em 2025, com base na sua trajetória de desenvolvimento atual. O trabalho classifica os países em cinco temas importantes relacionados à cadeia de suprimentos: matérias-primas, fabricação de células e componentes, meio ambiente, RII e demanda final (veículos elétricos e armazenamento de energia estacionária). Os cinco temas-chave receberam pesos ponderados idênticos no ranking geral.
O ranking de 2025 têm como base a trajetória atual dos países, mas se um país aprovar políticas e regulamentações específicas, há tempo suficiente para melhorar sua posição. Nesse ranking o Brasil mantém sua posição, assim como a Austrália, que ficam as posições 12 e 11, respectivamente. Os 10 primeiros apresentam mudanças em suas classificações entre si.