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A Engie vê o momento como favorável para a aquisição de energia incentivada. Essa avaliação decorre da perspectiva de que há projetos disponíveis que, em parte, deverão ser acelerados por conta da MP 998 e sua indicação de encerramento do desconto de 50% da TUST. Além disso, há a perspectiva de crescimento do mercado livre e preços relativamente mais estáveis diante da perspectiva para 2021.
De acordo com o diretor de comercialização de energia da Engie Brasil Energia, Gabriel Mann, esses foram alguns dos gatilhos para que a empresa, em duas semanas, decidisse e organizasse os dois leilões de energia incentivada, que ocorrerão em meados de outubro. Um dos certames é destinado às fontes solar e eólica com prazo de 15 anos, sendo projetos novos. O segundo destina-se à compra de energia também incentivada, mas de empreendimentos existentes e de qualquer fonte que se enquadre nessa classificação.
“Esse é um momento bom para a compra de energia. No que se refere ao leilão de cinco anos, sabemos que os preços para contratos nesse prazo tem influência do PLD, então esse um dos motivos. O outro é o fim dos subsídios que está indicado na MP 998, sabemos que há desenvolvedores com carteira de projetos para viabilizar e queremos atrair esse tipo de player”, comentou ele em entrevista à Agência CanalEnergia.
Segundo Mann, a visão que a companhia tem para 2021 é de preços em um patamar mais comportado diante de uma perspectiva de vazões mais dentro da normalidade. Por isso, a perspectiva de preços para o ano que vem está em uma faixa de R$ 130 a R$ 140/MWh. E outra questão que ele relatou é a retomada da movimentação do mercado. Ele disse que os dados de que o consumo parece dar sinais de voltar a pelo menos o que era em 2019 já foi sentido pela empresa.
A geradora quer assegurar a contratação de um volume não revelado de energia que possui esse incentivo pois acredita que se houver a queda do desconto a competitividade será reduzida. Por outro lado, aponta que quem tiver essa energia disponível terá vantagem ante aqueles projetos sem o desconto.
Além disso, comentou Mann, essa é uma medida que a Engie normalmente realiza. Ele lembrou que não há uma recorrência, mas que sempre que há boas oportunidades ou necessidade a empresa realiza esse tipo de contratação até para ter um equilíbrio entre os projetos próprios e de terceiros. A energia entrará no portfólio da geradora para a sua comercialização.
Há oportunidades no mercado uma vez que a MP 998 traz uma data de encerramento para o desconto na TUST.
Gabriel Mann, da Engie Brasil Energia
Segundo dados mais recentes que estão disponíveis, referentes ao segundo trimestre do ano, a companhia tem para este ano cerca de 800 MW médios descontratados. Para 2021 são 571 MW médios, volume que vai aumentando até chegar a 2,1 GW médios em 2025. Apesar desses volumes, Mann lembra que o que sobra no ano é para a comercialização mais de curto prazo, pois a energia também é usada como uma proteção da companhia contra o risco hidrológico. Ele não revela o quanto a empresa deixa de colchão para amortecimento do GSF, até porque depende de uma série de informações e o volume é definido por outra área na empresa.
“Nossa estratégia é a de estar com 100% da energia contratada fora da reserva que temos para fazer frente ao GSF projetado, então o montante de venda é pequeno na nossa estratégia”, disse ele.

A contratação, acrescentou Mann, vem de carona na perspectiva de crescimento do mercado livre que é esperado cada vez mais com a redução da carga. Esse consumidores são, obrigatoriamente, conectados ao ACL por meio da fonte incentivada, por isso também a opção por fontes incentivadas para os leilões de outubro.
Ele lembrou ainda que essa energia apesar de não ser “carimbada” ajudará a empresa a desenvolver os negócios na plataforma recém-lançada, a E-conomiza, destinada a atender o consumidor livre na modalidade varejista, abaixo de 1 MW.