Nota da Redação: Matéria atualizada às 20:30 horas do dia 25 de setembro de 2020 para correção de informação, que dizia que a AES Tietê negociava a compra de 14 projetos eólicos não operacionais, totalizando 420 MW de capacidade, no município de Maracanaú, no Ceará, de propriedade do Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP Salus). A operação tinha sido anunciada em maio e fica no Rio Grande do Norte, não no Ceará. Veja a matéria corrigida abaixo.

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O Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da primeira fase do projeto greenfield Cajuína, no Rio Grande do Norte pela AES Tietê. Originalmente batizado como Santa Tereza, possui 420 MW de capacidade, dentro da totalidade de 1,1 GW do empreendimento. A operação foi anunciada em maio e o despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, 25 de setembro.
O FIP Salus é um fundo de investimentos integrante do empresário Mario Araripe, controlador de diversos investimentos na indústria de geração de energia elétrica no Brasil, principalmente no setor de geração de energia eólica, entre eles a Casa dos Ventos.
De acordo com o Cade a operação “tampouco suscitaria preocupações concorrenciais, quer pela baixa potencial participação das empresas-objeto no mercado de geração de energia, quer pela baixa participação da AES no mercado de comercialização de energia, abaixo de 30% em ambos os mercados, não implicando, portanto, quaisquer riscos de fechamento de mercado. Além disso, a jurisprudência do CADE corrobora o entendimento de que o mercado de comercialização de energia elétrica é altamente competitivo e não há elevadas barreiras à entrada, o que contribuiria para mitigar quaisquer preocupações da operação nesse mercado”.