A primeira projeção de carga para o mês de outubro aponta uma certa estabilidade quando comparada com o mesmo período de 2019. A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico é de uma variação positiva de 0,1%. Se a previsão se confirmar será alcançada a marca de 69.537 MW médios nesse período.
Na primeira versão do Programa Mensal de Operação para setembro a estimativa inicial era de queda de 1,6%, mas na última versão, a revisão 3 da semana passada, esse índice era de crescimento de 3,4% para o mês que termina na próxima quarta-feira. A indicação agora é de que haja uma expansão de 0,9% ante o verificado 12 meses atrás.
A previsão foi revelada na reunião do PMO de outubro, realizada virtualmente pelo ONS. A estimativa inicial é de expansão de 7,2% no Norte do país e de 0,2% no Sul. No maior submercado, o Sudeste/Centro Oeste há a expectativa de queda de 0,6% e no Nordeste o sentido do índice é o mesmo, queda de 1,4%.
Outubro é iniciado com as previsões de vazões menos otimistas para o mês. Em nenhum dos subsistemas é esperado índice próximo à média histórica. O melhor volume de energia natural afluente é projetado para o SE/CO com 68% da média de longo termo. Já o mais baixo está no NE com 58%, no Sul e no Norte são esperados 61% e 62% da MLT, respectivamente.
Com isso o operador inicia o último mês oficial do período seco de 2020 com a previsão de que os reservatórios no SE/CO cheguem ao dia 31 de outubro com 28% de seu volume útil de armazenamento, o mais baixo do país. No Sul a estimativa é em 29,6%, o Norte em 32,7% e o NE com o volume mais elevado, com 49,8%.
O custo marginal de operação médio para a semana que se inicia neste sábado, 26 de setembro, apresentou uma elevação significativa quando comparada à semana passada. Nos três submercados que continuam com valores equacionados, o SE/CO, Sul e Norte ficou 71,7% maior, passou a R$ 168,74/MWh, sendo R$ 172,93 na carga pesada, R$ 171,01 na média e R$ 165,05/MWh na leve. No NE o valor disparou 136,1%, para R$ 159,18/MWh, resultado da carga pesada a R$ 160,86, a média a R$ 159,43 e a leve a R$ 158,02/MWh.
A projeção de despacho térmico está na casa de 6.689 MW médios, a maior parte por inflexibilidade, com 4.684 MW médios. Há ainda 1.665 MW médios por ordem de mérito e 340 MW médios por restrição elétrica.
Em termos de meteorologia, afirmou o ONS, a previsão é de que para a primavera, que se iniciou em 22 de setembro, e para o início do verão seja verificado o fenômeno La Niña de intensidade fraca a moderada.