O consumo consolidado de energia elétrica nas áreas de concessão do Grupo Energisa chegou a 2.936,8 GWh em agosto, mostrando crescimento de 1,2% na comparação com o mesmo mês de 2019. Considerando o fornecimento não-faturado, o aumento foi de 4,6%, informa o relatório da companhia, indicando que o processo de retomada na demanda energética segue em algumas localidades.
Entre as distribuidoras, seis avançaram nas vendas em relação ao ano anterior, motivadas pelas classes residencial, rural e industrial, que cresceram 6,7%, 9,2% e 3,8% respectivamente. No setor residencial todas concessões registraram incremento, com destaque para a variação de 21% no Acre, 13,6% em Rondônia e 12,5% no Mato Grosso do Sul, influenciadas principalmente pelo clima quente e seco.
A classe rural avançou 9,2% puxada pelo aumento de 29,5% na Energisa Minas Gerais, favorecido pela elevação na safra de café, de 14,3% no Tocantins, com destaque para os produtores de soja, ovos e aves e 8,1% no Mato Grosso, com a demanda fortalecida pelas culturas de soja e milho.
O ramo industrial por sua vez foi alavancado pela região Centro-Oeste, com MT e MS crescendo 6,9% e 9,3%, performance fomentada pela produção do setor alimentício e de minerais não metálicos. Já no Tocantins a alta foi de 20,6%, influenciada pela indústria de cimento.
Por sua vez, a classe comercial segue ainda bastante impactada pela pandemia, registrando no mês queda de 11%, tendo suas maiores baixas ocorridas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.
Acumulado – No acumulado dos últimos oito meses do ano, a demanda no mercado cativo e livre do grupo somou 23.433,7 GWh, queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas de energia ainda seguem afetadas pelas restrições derivadas da pandemia e a classe comercial registrou a maior queda no período, de 9,9%, seguida pelo ramo de outros clientes, com 5,5% e industrial, com 2,8%.
Na análise regional, os maiores recuos foram verificados no Nordeste, que chegou a 4,4% e 3,1% no Sul-Sudeste, impactadas principalmente pelo perfil econômico das atividades locais, mais afetadas pela pandemia. Já a maior alta aconteceu na região Centro-Oeste, variando 1,5% devido à influência de setores ligados ao agronegócio.