O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Barral, considera a separação contratual do lastro e energia como um item fundamental para a modernização do setor elétrico. No painel de Governança do setor no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizada na manhã desta quarta-feira, 30 de setembro, Barral salientou que no primeiro semestre a EPE atuou no detalhamento da separação, desmistificando o tema. “A separação é praticada em muitos mercados mundo afora, não é nenhuma jabuticaba”, explicou.
Para Barral, a separação do lastro e energia deve passar por uma mudança legal e não ficar a cargo de medidas infralegais. No dia anterior o presidente do Fórum de Associações do Setor Elétrico, Mario Menel, defendeu que o setor provocasse menos o poder legislativo, de maneira que o poder concedente atuasse por medidas infralegais.
Ainda segundo ele, a argumentação estrutural para a separação continua válida e uma eventual solução transitória não deve se tornar definitiva, para que aconteça uma remuneração adequada dos serviços prestados pelas fonte e uma estrutura correta de obrigações para atender os sistemas e garantir uma expansão sustentada do mercado livre.
O ano de 2020 é considerado desafiador para Barral, já que por conta da pandemia, a EPE teve que migrar para o trabalho remoto e não interromper a produção das suas atividades e estudos. A estatal de planejamento do setor vem lançando novos formatos para ampliar o alcance dos estudos e publicações.