A pandemia não dever atrasar a entrada de novas tecnologias como baterias, hidrogênio e mobilidade elétrica. Segundo o presidente da EPE, Thiago Barral, vários países da Europa estão se movimentando para inclusive acelerar os investimentos nestas áreas. Segundo ele, há um volume de investimentos sendo prometido e essa onda deve acabar chegando em terras brasileiras. “O que temos buscado é que o Brasil possa estar no radar desses investimentos e beneficiar as pesquisas que já têm aqui”, explicou Barral, em coletiva a jornalistas após participar do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, realizado nesta quarta-feira, 30 de setembro.
Quanto aos leilões, o presidente da EPE disse que esse ano não há mais chances de realização de leilões, mas que a estatal está auxiliando o Ministério de Minas e Energia no planejamento para 2021 até 2023. Segundo ele, a tendência é que as UTEs a óleo sejam substituídas por uma combinação de usinas renováveis e térmicas a gás. Barral revelou ainda que os leilões do ano que vem ainda não estão decididos e que todas as alternativas – certames de energia nova, existente ou nova e existente juntos – estão sendo analisadas. Ele lembra que os leilões suprirão a necessidade das distribuidoras para os próximos anos e que elas costumam ter preferências por fontes renováveis devido ao preço, mas que há a busca por um equilíbrio na realização desses leilões.
Para Barral, o futuro do MRE está associado a outras discussões do setor como o preço horário, despacho por oferta de preço e a contratação de reserva de capacidade. Ele deverá sofrer uma adaptação aos novos instrumentos trazidos pela reforma.